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Estreia com derrota

Recém-chegado no Corinthians, o técnico Cuca estreou com derrota no comando da equipe. Neste domingo (23), o Timão perdeu por 3 a 1 para o Goiás.

Novo desafio

Cuca foi anunciado pelo Corinthians na última quinta-feira (20), logo após a demissão de Fernando Lázaro. Ele assinou contrato até o final do ano.

Time feminino

Durante o jogo, todas as jogadoras do time feminino do Corinthians, além do técnico Arthur Elias, publicaram um texto nas redes sociais citando o movimento "Respeita as Minas".

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A nota

"Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. "Respeita as Minas" não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias", diz a nota.

Leia a nota:

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Defesa

Em sua apresentação, Cuca respondeu a perguntas a respeito da condenação que sofreu em Berna, na Suíça, por estupro a uma menina de 13 anos, quando era jogador do Grêmio.

Fala, Cuca

Ele afirmou ser "totalmente inocente", disse ter "vaga lembrança" do  episódio ocorrido em 1987 - a condenação se deu em 1989 - revelou arrependimento por ter falado pouco sobre o assunto, prometeu "passar  por cima" dos protestos contra a sua contratação e manifestou o desejo de abraçar causas sociais em benefício das mulheres e que combatem casos de violência e abuso sexual.

Fala, Cuca

"É um tema delicado, pessoal, mas faço questão de falar e ser aberto. Eu estava no Grêmio há uns 20 dias. Tenho vaga lembrança de tudo que aconteceu. Na lembrança que tenho, tinha 23 anos, íamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto. O quarto em que eu estava com mais três jogadores era duplo, tinha duas camas. Essa foi minha participação nesse caso", começou por dizer o treinador.

Fala, Cuca

"Sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Eu não fiz nada", enfatizou Cuca.  "A gente vê e ouve um monte de coisas falando inverdades, chegando a me ofender. Vou fazer 60 anos, tenho duas filhas, de 32 e 34 anos. Venho de uma casa em que sou o único homem", defendeu-se.

Protestos

Cuca também revelou o desejo de participar de movimentos contra abusos e que defendem as mulheres.  "Sou pai, sou avô. Quero que as mulheres estejam cada vez mais protegidas. Por isso estou aqui. Mais da metade da torcida o Corinthians é feminina. Um time que tem a causa 'Respeita as minas'. Essa causa que está existindo eu quero abraçar também até por proteção às minhas filhas, minha mulher, minha irmã".

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Manifestações

Fora do CT, um coletivo de torcedoras protestou contra a contratação do treinador. "Do fundo do coração, pode haver protesto, mas ele não é maior que minha  vontade de estar aqui", salientou o técnico.

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Entenda o caso

Então meio-campista do Grêmio, Cuca foi detido com os atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, sob a acusação de "manter atos sexuais" com uma menina de 13 anos. Os jogadores permaneceram em cárcere por 30 dias. Fernando foi o primeiro a ser liberado, já que a sua participação no ato não foi comprovada. Dois anos mais tarde, Cuca acabou condenado a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil. 

Entenda o caso

Em depoimentos à época, a vítima narrou ter sido segurada à força pelos quatro jogadores do Grêmio. O processo permanece sob sigilo protegido pela lei de proteção de dados da Suíça. Cuca nega ter cometido abuso ou violência sexual contra a mulher e alega que não teve a oportunidade de se defender. O julgamento foi feito à revelia, já que ele e os outros gremistas envolvidos no caso já haviam voltado ao Brasil.

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CRÉDITOS

Edição: UmDois Esportes.

Texto: Estadão Conteúdo e UmDois Esportes

Fotos: Rodrigo Gazzanel e Rodrigo Coca/Agência Corinthians.