Nesta sexta-feira (22), o ex-campeão do UFC Conor McGregor foi condenado por agressão sexual em tribunal com júri popular em Dublin, na Irlanda.
O caso aconteceu em 2018; a vítima, Nikita Hand, entrou com um processo civil em 2021, alegando que McGregor e outro homem fizeram sexo com, ela sem consentimento, enquanto ela estava embriagada.
Quero mostrar a [minha filha] Freya e a todos os meninos e meninas que vocês podem se defender. Se algo acontecer com vocês, não importa quem seja a pessoa, a justiça será feita. A todas as vítimas de abuso sexual.
Quero agradecer à minha filha Freya, a quem sou muito grata. Ela me deu muita força e coragem nos últimos seis anos durante esse pesadelo para continuar lutando por justiça. Sei que isso impactou não só a minha vida, a da minha filha, da minha família e dos meus amigos, e é algo que nunca esquecerei. Mas agora que a justiça foi feita, posso tentar seguir em frente e olhar para o futuro.
Em seu depoimento, Hand contou que conheceu McGregor através de seus primos e que, na noite da agressão, ela quem o contactou após ir a uma festa à fantasia com uma amiga e consumir álcool e cocaína.
O lutador as buscou de carro e as levou a um hotel. No caminho, buscou seu amigo, James Lawrence, e ofereceu mais cocaína a elas — que admitiram terem usado.
Em determinado momento, Hand ficou sozinha com McGregor, e ele começou a assediá-la. A vítima afirma que rejeitou as investidas por saber que ele é casado e tentou afastá-lo
Ele começou a me beijar, esfregar meu rosto. Eu disse: 'Não, eu não estou confortável'. Eu estava tentando convencê-lo que eu não queria nada. Eu não queria transar. Ele simplesmente não estava aceitando um 'não' como resposta. Aí, ele me imobilizou na cama. Ele me estrangulou três vezes. Eu congelei, não conseguia me mexer e não conseguia respirar. Eu pensei que ia morrer e que nunca veria minha filha novamente
Após o estrangulamento, Nikita "desistiu e deixou ele fazer o que quisesse". Ela não queria prestar queixa, mas foi convencida por sua mãe a chamar a emergência, que a encaminhou a um hospital.
A vítima chorava e tremia enquanto era examinada com um kit de exame de agressão sexual para coletar amostras de DNA. O médico, Daniel Kane, afirmou que os resultados foram consistentes com a sequência de eventos narrados por Nikita.
Conor Mcgregor negou todas as acusações e afirmou que o sexo foi consensual: "Tudo isso é uma mentira. Como alguém poderia acreditar nisso? Não é da minha natureza. (...) A alegação não é verdadeira".
O ex-campeão do UFC foi condenado a pagar 250 mil euros à vítima (aprox. R$ 1,8 milhão). Ele ouviu a sentença no tribunal ao lado de sua esposa, Dee Devlin. Por se tratar de um processo civil, McGregor não corre o risco de ser preso.
Mike Tyson x Jake Paul atinge números impressionantes na Netflix