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FUTEBOL E CRIME

Queda livre

Aos 23 anos, ele era considerado promessa de um clube brasileiro e presença frequente nas seleções de base de seu país. Foi aí que sua vida mudou para sempre. 

Bola e crime

Essa é a história de vida do meia Luciano Cabral, que defendia o Athletico e a seleção sub-20 do Chile. Em 2018, o jogador foi condenado a 9 anos de prisão por envolvimento em um crime de assassinato na Argentina. 

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Crime em família

Cabral se envolveu no assassinato de Juan Villegas, 27 anos, na província de Mendoza, durante as festas de ano novo. O pai do jogador, José Cabral, também foi condenado e pegou 16 anos de prisão. 

Investimento

O Athletico contratou Cabral por empréstimo do Argentinos Júnior, em julho de 2016, com um investimento de 190 mil dólares, com opção de compra por 3 milhões de dólares. 

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Entrevista

Após mais de cinco anos preso, Cabral está perto da liberdade condicional. Ele concedeu uma rara entrevista ao jornal "La Tercera", do Chile, país onde deseja morar após ser libertado.  

Experiência

Cabral deixa a prisão durante o dia para frequentar o "El Porvenir", clube semiamador da Argentina. Lá, ele mantém a forma física e transmite sua história de vida aos atletas mais jovens. 

LUCIANO CABRAL

"Decidi falar porque há muito tempo não falo. É uma oportunidade para que escutem minha voz e para, pouco a pouco, recomeçar a viver o que eu vivia antes", diz Cabral ao "La Tercera". Ele é o único preso que tem o benefício de sair para trabalhar. "Não é porque sou Luciano Cabral, eu conquistei isso pelo meu comportamento e conduta neste tempo todo preso", explica. 

EL PORVENIR

Cabral explica o trabalho no El Porvenir. "É um clube muito pequeno, que está dando os primeiros passos e faz um trabalho social para reintegrar os jovens, para que não fiquem tanto pelas ruas. Me deram esta oportunidade de trabalho, para que possa falar com os jovens e contar a eles da minha experiência de vida, dentro e fora do campo, para que tenham uma visão mais clara", conta. 

VIDA NO CÁRCERE

Após o trabalho, Cabral retorna à prisão. "Me encontro na mesma prisão, mas separado dos demais internos. Só volto ao complexo para dormir. Saio todos os dias às 7 da manhã e volto às 9h30 da noite. E nos finais de semana saio ver minha família", relata. "Saio trabalhar como um cidadão normal. É quase como viver uma vida normal". 

Ausências

Cabral conta que o afastamento dos filhos e dos antigos amigos é o que mais pesa. "Penso quantas vezes ajudei este ou aquele e agora sequer me escrevem. No fim, só vemos caras e não corações", lamenta. 

Nova vida?

Cabral diz ter propostas de clubes argentinos. Mas o seu desejo é voltar ao Chile e, quem sabe, à seleção. "Quando alguém sonha, deve sonhar grande", completa. 

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CRÉDITOS

Edição: UmDois Esportes.

Texto: UmDois Esportes.

Fotos: Arquivo/UmDois e Reprodução/La Tercera.