Luiz Henrique e Paquetá, suspeitos em apostas, são liberados pela CBF para convocação
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não determinou nenhum veto às convocações de Luiz Henrique e Paquetá suspeitos de envolvimento em um esquema de apostas. Durante a semana, reportagem do UOL mostrou que Luiz Henrique recebeu dinheiro de parentes de Paquetá que são apostadores.
Nesta sexta-feira (27), o técnico Dorival Jr poderá convocar ambos os atletas para as eliminatórias em jogos contra Peru e Chile. Os dois estavam na pré-lista do treinador. "Pode convocar", disse Ednaldo Rodrigues, que afirmou ter lido a matéria do UOL.
Segundo o dirigente, os departamentos de integridade e compliance da CBF têm constantemente checado os jogadores da seleção. Assim, no entender de Ednaldo, não há nada que impeça as convocações porque não houve condenação por nenhum órgão esportivo.
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"A gente não tem constatado que tenha nenhum tipo de situação referente a esses atleta até o momento. Não temos. Já temos noção daquilo que nós na época saiu com relação a Paquetá - arguimos a Liga (Premier League) para saber todos os detalhes. Ela respondeu que não tinha nenhuma situação de pena que estava prevista", analisou o presidente da CBF.
Paquetá foi denunciado pela Premier League, mas ainda não foi julgado. Ele é suspeito de forçar o cartão amarelo em quatro jogos da competição para favorecer apostas.
Luiz Henrique não tem investigação esportiva contra ele porque a Real Federação Espanhola não fez nada a respeito das suspeitas contra ele e arquivou o caso. Mas há suspeita de pelo menos um jogo em que ele teria forçado cartão amarelo na investigação inglesa.
Além disso, Luiz Henrique recebeu dois pix do tio e sobrinho de Paquetá — no valor total de R$ 40 mil — poucos dias depois de jogos da La Liga em que tornou cartões amarelos. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no entanto, entende que não é possível fazer prejulgamento.
"De qualquer sorte, temos por hábito não fazer pré-julgamento de ninguém. E sempre dando condições de ouvir as partes. E cada um possa ter a sua ampla defesa e contraditório em tudo aquilo é falado e especulado. A todos eles damos a presunção da inocência", disse ele.