A torcida da seleção brasileira não esperou o horário do jogo contra o Equador para ocupar o entorno do estádio Couto Pereira. Mesmo com as temperaturas mais amenas em Curitiba, por volta e 14ºC, os torcedores aproveitaram a sexta-feira (6) para beber cerveja e curtir rodas de pagode no Alto da Glória.
Duas horas antes de o jogo começar, boa parte da casa do Coritiba já estava ocupada. O segundo anel foi o primeiro a ficar lotado pelos adiantados, enquanto os mais pontuais tiveram que disputar uma visão privilegiada por um lugar no primeiro ou terceiro andar.
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Com a maioria composta por torcedores do Coxa, alguns cantos alviverdes foram puxados nas sociais, como “Verdão ê ô” e ataques ao rival Athletico. “Hoje a seleção desencanta. No melhor estádio do Paraná, a seleção vai fazer o melhor jogo do ano”, disse Pedro Araújo, torcedor do Coritiba de 25 anos.
“Estou emocionado, vai dar 2 a 1 para o Brasil. Rodrygo vai fazer dois gols”, completou Marcos Campos, outro empolgado fã da Canarinho.
Ânimo esconde pressão sobre a seleção
A empolgação se explica pela distância da seleção. O Brasil não vinha para a capital paranaense há 21 anos. O último jogo aconteceu em 2003, no Pinheirão, em um empate por 3 a 3 contra o Uruguai com direito a gols de Kaká e Ronaldo Fenômeno.
No entanto, o momento vivido pela equipe de Dorival Júnior é bem diferente daquela pentacampeã mundial. O Brasil é o sexto colocado nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, uma posição atrás do rival Equador.
Além disso, são quatro jogos sem vencer. A seleção brasileira amarga a sequência com um empate com a Venezuela, além das derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina.
Com sete pontos em seis jogos, o Brasil pode subir para a quarta colocação caso vença os equatorianos.
Preços não afastam torcida brasileira
Em 2003, 23.463 pessoas foram ao jogo da seleção, que teve os ingressos mais caros vendidos por R$ 200. O mais barato custava R$ 60 reais, valor que, ajustado pela inflação, chega a R$ 236 reais nos dias de hoje. Já o mais caro, ajustado, seria de R$ 700 atualmente.
Desta vez, no retorno, os ingressos custaram de R$ 200 a R$ 600, dependendo do setor do Couto Pereira. Apesar do preço salgado, a expectativa é de lotação máxima no Couto Pereira.