Eliminatórias

Vaiado no Couto Pereira, Brasil bate Equador e mantém "amuleto" paranaense

Por
Fernando Rudnick
06/09/2024 23:57 - Atualizado: 07/09/2024 00:13
Rodrygo comemora gol do Brasil no Couto Pereira
Rodrygo comemora gol do Brasil no Couto Pereira | Foto: Ernani Ogata/Código19/Gazeta Press

Mesmo após hiato de 21 anos sem receber a seleção brasileira, Curitiba continua sendo um amuleto para a grande paixão nacional. Desta vez, contudo, com muitas (e merecidas) vaias.

Na noite desta sexta-feira (6), no Estádio Couto Pereira lotado, a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior jogou muito abaixo da expectativa da torcida, mas venceu o Equador por 1 a 0, pela sétima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

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O Brasil, que nunca perdeu em terras paranaenses, chegou à oitava vitória em 11 partidas no estado – com gol solitário de Rodrygo. O resultado coloca a Canarinho na quarta colocação do torneio, com dez pontos, atrás de Colômbia (13 pontos) e Uruguai (14), além da líder disparada Argentina (18).

Após um início ruim nas Eliminatórias, a seleção espera que a vitória represente um recomeço. Em 2001, também no estádio do Coritiba e vivendo turbulência, o Brasil venceu o Chile e praticamente encaminhou sua classificação à Copa do Mundo de 2002, na Coreia e no Japão, onde o pentacampeonato se concretizaria.

  • Agora, a seleção brasileira volta a jogar pelas Eliminatórias na terça-feira (10), contra o Paraguai, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção. O adversário tem apenas seis pontos em sete jogos e vive crise técnica.
  • O Equador, por outro lado, recebe o Peru, também na terça, às 18h. A partida acontece no Estádio Casa Blanca, em Quito.

Brasil se impõe contra o Equador, mas faz só um no primeiro tempo

A seleção mostrou dominância desde o início do jogo, passando cerca de 70% do tempo com a bola nos pés, mas a dificuldade para transformar a superioridade técnica em vantagem no placar estava evidente. Muito toque de bola em busca de espaço, poucas finalizações e nenhuma solução para incomodar o goleiro Galindez.

Foi apenas quando o atacante Rodrygo arriscou de fora da área, no segundo arremate brasileiro com direção certa na meta equatoriana, que surgiu o gol. Aos 29 minutos, o chute desviou na marcação, e bateu na trave antes de explodir o Alto da Glória pela primeira vez e única vez.

Os visitantes só finalizaram pela primeira vez aos 37 minutos, mas tiveram uma grande chance nos acréscimos. Moisés Caicedo parou primeiro no Alisson e, no rebote, o zagueiro Gabriel Magalhães evitou o empate.

Estêvão estreia, mas segundo tempo foi fraco e com vaias

Joia do Palmeiras, o atacante Estêvão teve o nome pedido pela torcida no Couto Pereira e estreou pela seleção brasileira aos 17 anos. Ele substituiu o botafoguense Luiz Henrique aos 16 minutos da etapa final, mas não conseguiu mudar a cara do confronto.

Se o ritmo já não era de alta rotação nos primeiro 45 minutos, o cenário piorou na segunda parte. Apesar de ser pouco incomodado defensivamente, o Brasil fez muito pouco no ataque. Muito pouco. Faltou, em resumo, atitude.

Também entraram em campo os reservas Lucas Moura, Gerson, João Gomes e Wendell. Nenhum deles foi capaz de mudar apática atuação dos donos da casa, que terminaram o duelo recuados e torcendo pelo o apito final.

Histórico da seleção no Paraná

Entre amistosos e jogos oficiais, a seleção já atuou 11 vezes na capital paranaense. Entre 1968 e 2003, foram 10 jogos no estado entre amistosos e partidas oficiais. Um desses jogos, inclusive, foi contra o próprio Coxa, quando Pelé visitou o Couto Pereira, que ainda se chamava Belfort Duarte, em 1968.

A última vez que a Canarinho havia jogado em Curitiba foi em 2003, no Estádio Pinheirão, que está fechado desde 2007 e foi leiloado cinco anos depois pela quantia de R$ 57,5 milhões. Recentemente, como adiantou o UmDois Esportes, o local virou alvo do Governo do Paraná para a construção de um centro esportivo.

Na ocasião, a seleção empatou por 3 a 3 com o Uruguai, em jogaço que contou com a presença de Alex, Kaká, Rivaldo e Ronaldo.

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Fernando Rudnick é formado em jornalismo e pós-graduado em comunicação esportiva. Sempre repórter, começou a cobrir o dia a dia dos times paranaenses em 2009, quando entrou na Gazeta do Povo. Atualmente, é coordenador do UmDois Es...

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