Personagem

Torcedor associa filha ao Paraná enquanto a esposa estava em trabalho de parto

Por
Luana Kaseker
11/02/2022 11:54 - Atualizado: 04/10/2023 16:58
Felipe e seus filhos Davi e Anne, todos sócios do Paraná
Felipe e seus filhos Davi e Anne, todos sócios do Paraná | Foto: Arquivo pessoal

Tudo começou com uma brincadeira entre amigos. Quem teria o filho sócio de um clube de futebol mais cedo?

O torcedor do Paraná, Felipe Salomão, 34 anos, resolveu desbancar todos os adversários e liderar a disputa: ele registrou a pequena Anne Salomão enquanto ela ainda estava na barriga da mãe.

Dia 1 de outubro de 2021, a esposa Bruna, que é torcedora do Coritiba, entrou em trabalho de parto. Enquanto a filha vinha ao mundo, Felipe já a associava ao Tricolor.

"Eu combinei com o pessoal do sócio do Paraná que eu queria associar a minha filha no dia do nascimento. Então eles deixaram tudo preparado com a documentação. O CPF eles podiam esperar ficar pronto, mas o dado que não podia faltar era a data de nascimento. Falei para deixaram tudo pronto que avisaria. Assim que minha esposa entrou em trabalho de parto, eu já liguei avisando", conta o Relações Institucionais.

"Ela já nasceu sócia. E agora eu estou ganhando a disputa contra meus amigos", brinca.

Mesmo em acordo com esposa de que o clube de futebol dos filhos seria de decisão de Felipe, Bruna não ficou muito feliz com a atitude do marido de logo tornar a filha sócia. "Ela não gostou muito da minha prioridade, mas eu só dei a notícia dias depois", revela Felipe, sorrindo.

Mas a realidade é que a paixão pelo Paraná já vem de família. Além de Anne, Felipe também é pai do Davi, 5 anos, que já é sócio do Tricolor e o acompanha nos jogos na Vila Capanema. O amor pelo Paraná é uma tradição dos Salomão.

Influenciados pelo avô Assad, que faleceu em 2003, pai, irmãos, tios e primos estão sempre juntos nas arquibancadas.

Quatro gerações da família Salomão como sócias do Paraná
Quatro gerações da família Salomão como sócias do Paraná

Família Salomão tem quatro gerações como sócias do Paraná

"Minha família inteira é paranista. Tudo veio pelo meu avô Assad. Ele foi um dos primeiros torcedores que ajudou na criação do Ferroviário, ele tinha uma transportadora e ajudava sempre que podia o clube. Ele era sócio do Ferroviário", conta Salomão.

"Tanto que depois que o clube virou Colorado, meu avô era já era sócio benemérito. Já era uma categoria de sócio especial. E ele sempre fez questão de ir ao estádio até mais que meu pai. Por fazer tanta questão, os netos fazem também", relembra.

Nem mesmo o longo período de quase dois anos sem partidas na Vila Capanema, por causa da pandemia, impediu a família de manter as mensalidades em dia.

"A gente está sempre lá, ajudando, durante a pandemia não deixamos de pagar o sócio. É algo que está mais ligado à história da família, do que no desempenho do clube. E é algo que eu pretendo passar para os meus filhos. Mas do que despertar a paixão pelo time, é esse vínculo da história da família que é mais importante. Eu faço questão de levar os dois pela nossa história. E a Anne, assim que a pandemia melhorar, eu vou levar ela também", promete.

Se em campo e na administração a situação do Paraná é complicada, a paixão da torcida tem mostrado a importância e o que representa o futebol na vida de muitos. A sucessão na família Salomão já está garantida. Dos céus, o seu Felício, como era conhecido Assad Salomão, está feliz por sua memória estar viva.

"O fato que me motiva a associar meus filhos tão cedo, é justamente o que meu avô fez questão de passar para a gente. É mais do que futebol, é uma questão de união da família, de estarmos juntos ali. Estar na Vila é uma celebração. É um momento de descontração, de alegria, de estarmos juntos. Acho que isso é muito legal. E, principalmente, de sermos uma torcida que sofre tanto, mas mostra que vitórias e títulos representam muito pouco", diz.

"O que importa para a gente é esse ambiente, a história, a história da Vila Capanema, que eu acho muito interessante, de ter sido um time ferroviário, com os trens passando do lado enquanto vemos o jogo. E, juntamente da história da família, dificilmente vão me fazer diminuir esse brilho pelo Paraná", atesta Salomão.

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Formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Gestão, Comunicação e Marketing no Esporte pela Uninter. Desde 2017, atua na área de esportes como repórter da Gazeta do Povo e agora do UmDois Esportes, participando das cobertu...

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