Copa do Brasil

Técnico do Paraná discute com jornalista após eliminação: “Não sou covarde”

Por
Fernando Rudnick
02/03/2022 01:36 - Atualizado: 04/10/2023 16:55
Rodrigo Cascca se irritou após a eliminação.
Rodrigo Cascca se irritou após a eliminação. | Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes

O técnico Rodrigo Cascca demonstrou muita irritação e bateu boca com um jornalista após a eliminação do Paraná na Copa do Brasil, nesta terça-feira (1), diante do Pouso Alegre-MG, fora de casa.

Três dias após o rebaixamento do Estadual, ele foi questionado em entrevista coletiva se a formação com três zagueiros e três volantes não chamou o time mineiro para o campo de ataque. O treinador, então, assumiu que foi chamado de covarde pelo repórter Luiz Ferraz, da Rádio Banda B.

+ Veja como foram os lances do jogo entre Pouso Alegre e Paraná

“Por que você está falando que fui covarde e me deu o destaque negativo da partida? Me dá explicação para isso primeiro”, irritou-se Cascca, que chegou como interino ao clube e foi efetivado uma semana depois, em 15 de fevereiro, no lugar de Jorge Ferreira.

O repórter defendeu-se, explicando que considerou a formação utilizada como covarde – não o treinador. A entrevista seguiu como bate-boca.

"Quem você queria que colocasse? Vamos discutir tática. Três atacantes e nenhum meia pra armar?", emendou o técnico, que justificou a não escalação de Guilherme Nascimento como titular por mal conhecê-lo.

O meia de 20 anos estreou pelo clube no segundo tempo e mostrou personalidade. "Eu conheci o menino ontem, nem capacidade de inscrever [no Paranaense] tiveram, entendeu? Vou colocar três atacantes, três zagueiros e quem vai armar? Tomamos um gol de bola parada e um de tiro de meta que a bola foi nossa", repetiu Cascca, que continuou reclamando.

"Vim para cá com todas a dificuldades, teve cinco, seis nomes de treinadores e ninguém quis assumir. Eu vim para ser auxiliar, ajudar no dia a dia, e assumi quando me pediram. Não fui covarde. Nem sequer sobre salário a gente conversou, vim para ajudar. Entendo o torcedor que xinga, mas quem acompanha não pode falar besteira", criticou.

Na sequência, o treinador finalmente explicou sua estratégia mais defensiva e deixou claro que o objetivo era segurar o empate. "Não posso vir aqui jogar um jogo de mata-mata e me expor desde o começo. A gente tentou levar o 0 a 0, para depois se expor se tivesse necessidade. É a realidade, pode trazer o Tite, o Luxemburgo, quem vocês quiserem, hoje a situação do Paraná tem as dificuldades, sim", completou.

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Fernando Rudnick é formado em jornalismo e pós-graduado em comunicação esportiva. Sempre repórter, começou a cobrir o dia a dia dos times paranaenses em 2009, quando entrou na Gazeta do Povo. Atualmente, é coordenador do UmDois Es...

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