Das quadras de futsal do Paraná ao cargo de técnico: Tcheco e sua chance de ouro
O Paraná Clube recebeu uma injeção de nostalgia e esperança com a recente nomeação de Anderson Simas Luciano, o Tcheco, como técnico da equipe. A trajetória do profissional no mundo do futebol está profundamente entrelaçada com a história do próprio Tricolor, marcando o retorno de um ídolo de outras grandes equipes agora como comandante técnico do Paraná.
"Hoje eu me sinto honrado e privilegiado de estar neste cargo. Fiquei emocionado quando cheguei na Kennedy, entrei no ginásio, senti o cheiro da minha infância. Tive o prazer de ser pentacampeão no Paraná. É emocionante ser técnico do clube. Não posso prometer resultados ou acesso de imediato. Mas, prometo honrar os grandes treinadores que já passaram por aqui", disse Tcheco.
O início no Paraná e a carreira vitoriosa como jogador
Fotos: Arquivo/Gazeta do Povo.
Sua habilidade e inteligência tática chamaram a atenção desde cedo, e ele logo se tornou uma peça fundamental tanto no futsal ainda na época do Pinheiros, um dos clubes que deu origem ao Tricolor. Na sequência, o atleta foi alçado aos gramados para se tornar meio-campista da equipe da Vila Capanema.
No entanto, o início não foi como esperado. Após 15 anos de Paraná, Tcheco se lesionou e acabou dispensado pelo clube, tendo o momento mais difícil da sua carreira, segundo ele mesmo já revelou em entrevistas.
Mas, Tcheco se reergueu. O meia ganhou a oportunidade no extinto Malutrom para logo se tornar ídolo do Coritiba no início da década de 2000. Ainda como jogador, ele passou por Al Ittihad (Arábia Saudita), Santos, Grêmio - também sendo referência no clube gaúcho -, Corinthians, até encerrar a sua carreira no Coxa, em 2012.
Ao pendurar as chuteiras, em 2012, Tcheco seguiu no Coritiba, mas, nos bastidores. O ex-meia foi executivo de futebol, auxiliar técnico e assumiu a função de técnico interino na reta final do Brasileirão de 2013, evitando o rebaixamento do Coxa para a Série B.
Em 2017, o último ano de glorias e conquistas para o Paraná, Tcheco havia retornado ao seu clube de origem. O ex-jogador assumiu o cargo de gerente de futebol e auxiliar técnico de Matheus Costa na campanha do acesso à elite do futebol brasileiro.
A passagem marcante pelo Cascavel
Após passagens pelo Barra-SC e pelo Rio Branco, Tcheco iniciou a sua trajetória marcante no Cascavel. Nas temporadas de 2021 e 2022, o técnico conquistou feitos inéditos, como o vice-campeonato do Paranaense de 2021 e as vagas na Copa do Brasil e Série D.
"O Tcheco é um ser humano ímpar. Ao mesmo tempo em que delega responsabilidades, ele te passa muita tranquilidade. O segredo da gestão dele é deixar os profissionais evoluírem. É uma cobrança sadia, que dá resultado, tornando o ambiente forte. Foi o treinador que mais ficou no cargo no Cascavel por conta desta postura. Ele é um estudioso do futebol, é uma referência e está se moldando a cada ano como treinador. Essa porta que se abriu para ele no Paraná é uma grande oportunidade. Tenho certeza que ele vai vestir a camisa e vai entregar o clube à primeira divisão", destaca Giba, preparador de goleiros do Cascavel.
Tcheco volta ao Paraná com a missão de reestruturar o clube
Após deixar o Cascavel, Tcheco trabalhou no Azuriz e no Caxias no ano passado. O treinador ficou sete meses sem clube até o acerto com o Paraná.
Agora, em sua terceira passagem pelo Paraná, Tcheco enfrenta uma missão desafiadora: devolver o clube à elite do futebol paranaense. O Tricolor, que já viveu dias gloriosos, busca retomar seu lugar de destaque nos gramados, e a escolha de Tcheco como técnico representa não apenas uma aposta na sua competência, mas também uma conexão emocional com a torcida.
"O torcedor do Paraná é o nosso maior trunfo no momento. Que o torcedor venha nos apoiar e encher a Vila Capanema, pois a gente vai precisar. É um dos meus maiores desafios como treinador, mas estou preparado para isso", conclui o técnico.