Grupo faz proposta de meio bilhão à SAF do Paraná; saiba os bastidores
Um grupo de investidores ligados ao empresário Ivan Diniz e ao tetracampeão mundial Ricardo Rocha fez uma proposta, não vinculante, de R$ 500 milhões para compra da SAF do Paraná Clube. A informação foi divulgada inicialmente pela jornalista Mariana Becker e confirmada pelo UmDois Esportes.
Segundo apurou a reportagem, a negociação, entretanto, está bem longe de ter um capítulo final. O grupo de empresários solicitou ao Paraná documentos sigilosos sobre a situação atual do clube, enquanto o Tricolor ainda analisa com cautela as questões de garantias oferecidas por estes investidores, que não condizem com que o clube espera.
Ricardo Rocha atuaria como CEO do Paraná Clube
Há cerca de um mês, o tetracampeão mundial Ricardo Rocha visitou as dependências do Paraná a pedido deste grupo de interessados na compra da SAF do clube. Na ocasião, em entrevista à Rádio Transamérica, o ex-jogador destacou que atuaria como CEO do Tricolor em caso de acerto entre as partes.
"Seria para ser um CEO, já fiz essa função no Cruzeiro, mas houve muitos problemas e tive que assumir outras funções. Vai ter uma pessoa que vai ter que trabalhar no futebol comigo. Mas, precisa agilizar a questão da SAF de forma urgente", frisou Ricardo Rocha.
Proposta de grupo é maior que a única vinculante feita à SAF do Paraná
Até o momento, apenas uma proposta vinculante foi feita de fato à compra da SAF do Paraná Clube. Como o UmDois Esportes revelou em setembro, um grupo de empresários ligados ao Centro Universitário Santa Cruz ofereceu R$ 350 milhões ao Tricolor.
A proposta já englobava o pagamento da dívida do Paraná - de cerca de R$ 130 milhões. Porém, o Paraná preferiu aguardar por novas ofertas, já que este grupo não priorizava muitos investimentos no futebol. Com isso, os investidores desistiram e retiraram a proposta.
Paraná possui outra proposta não vinculante em mãos
Além da proposta não vinculante no valor de R$ 500 milhões do grupo ligado ao empresário Ivan Diniz e ao tetracampeão mundial Ricardo Rocha, o Paraná tem outra oferta, também não vinculante, em mãos.
A proposta do Consórcio Gralha Azul seria de cerca de R$ 370 milhões, distribuídos em dez anos. Os recursos seriam destinados ao pagamento da dívida, investimentos no futebol e a construção de um novo centro de treinamentos.
Além disso, o grupo também investiria em melhorias na Vila Capanema e na Sede da Kennedy.
O grupo teria parceria com a empresa Flash Forward, que tocaria o departamento de futebol do Paraná. A empresa tem como sócio o ex-jogador Zé Roberto.
Esta proposta, que possui garantias e agrada ao clube, deve se tornar vinculante ainda nesta semana. O grupo de empresários e a Pluri Consultoria têm se reunido para realizar ajustes em uma oferta para a Recuperação Judicial do Paraná.