Retrospecto

Paraná volta a recorrer a ídolos para superar crise: relembre outras passagens

Maurílio tem a chance de treinar o Paraná em 2021

O Paraná aposta na história, idolatria e identificação de Maurílio, Ageu e Saulo para dar a volta por cima e tentar se recuperar, depois de uma temporada desastrosa que terminou com a queda à Série C.

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Maurílio e Ageu chegaram já no começo da pré-temporada. O técnico e o auxiliar têm trabalhado duro nesse período. Para completar essa “comissão histórica”, o clube anunciou, na última quarta-feira (3), também a chegada do seu maior artilheiro: Saulo, o Tigre da Vila.

Essa, porém, não é a primeira vez que a diretoria paranista tenta se “blindar” depositando as fichas em ídolos da torcida.

Outros ídolos que treinaram o Paraná

Saulo orienta o meia Giuliano em treino no Paraná em 2008. Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

O próprio Saulo já comandou o time nos anos 2003, 2004, 2007 e 2008, além de também participar da comissão em 2001. Ao todo, foram 54 partidas, 19 vitórias, 14 empates e 21 derrotas, não chegando nem perto de repetir os feitos como jogador. Em 2021, o artilheiro será uma espécie de coordenador técnico.

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O ex-meia e hoje comentarista esportivo Ricardinho também se aventurou em duas passagens como treinador do Tricolor.

Na primeira, em 2012, conseguiu cumprir com o papel de reestruturar a equipe após a queda à segunda divisão do Paranaense e foi campeão do segundo escalão estadual em sua primeira chance como técnico. Já em 2014, não teve tanto sucesso e deixou o clube em 10º lugar na Série B.

Vice-presidente e responsável direto pela vinda de Ricardinho na época, o ex-dirigente Celso Bittencourt comenta sobre a estratégia escolhida pela nova diretoria e relata sobre ter feito a mesma escolha lá em 2012.

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“A nossa situação na época era muito difícil. Iniciou o ano e não tínhamos jogadores, campeonato a disputar e nem dinheiro, pois a verba da TV estava toda penhorada por uma ação do Vitória”, relembrou.

“O Ricardinho encarou tudo isso, motivou a torcida, trouxe alguns jogadores consagrados como o Anderson e o Zé Luiz, campeões nacionais. Outros também vieram e encaram a segunda divisão do paranaense com muito respeito”, prosseguiu.

“A recuperação do clube, naquele momento, se lastreou em um ídolo, que fez a parte dele. Esse movimento atual do Maurílio, Ageu e o Saulo é muito importante e, com certeza, trará um efeito muito positivo junto à torcida e tudo o que envolve o futebol”, complementa Bittencourt.

Caio Júnior teve sucesso também como técnico do Paraná

Caio Júnior levou o Paraná para a Libertadores. Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

O ex-jogador que mais teve sucesso na carreira de treinador foi, com certeza, Caio Júnior. O eterno atacante e campeão paranaense de 1997 também esteve à beira do campo pelo Paraná em duas oportunidades: 2002 e 2006.

Na primeira passagem, herdou o lugar de Otacílio Gonçalves na reta final do Brasileirão e livrou a equipe do rebaixamento. Na segunda, conseguiu a inédita vaga à Libertadores do ano seguinte. Feito que é lembrado até hoje e dificilmente será igualado.

Mais recentemente, Lúcio Flávio e Marcos atuaram nos bastidores do Tricolor. O meia foi auxiliar-técnico, já o goleiro diretor de futebol. Os dois retornaram e deixaram o clube em gestões do ex-presidente Leonardo Oliveira.

Apenas idolatria não basta para o Paraná em 2021

A proposta de novamente ter nos ídolos uma espécie de “salvação” pode funcionar pensando nos exemplos de Ricardinho e Caio Júnior. Mas a identificação e paixão deles precisa refletir também no grupo de atletas. Dentro de campo e fora dele, o clube vai viver um ano cheio de desafios.

O torcedor e pesquisador do Museu Paranista, James Skroch, acredita que esse conhecimento de quem já passou pela Vila Capanema e fez história será fundamental para que o clube consiga superar os obstáculos da temporada.

“Eu acho uma ótima ideia, pois eles foram jogadores que fizeram história no Paraná. Eles irão fazer de tudo para fazer um ótimo trabalho, conhecem cada canto da Vila Capanema e terão todo apoio da torcida”, confia James Skroch.

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