Paraná precisa de quase metade dos pontos em disputa para não cair para a Série D
O Paraná se complicou na Série C com o início desastroso. Com apenas um ponto em quatro jogos, o Tricolor está na lanterna do Grupo B e precisará somar 19 dos 42 pontos ainda em disputa para não cair à Série D.
Ou seja, o time de Maurílio tem que vencer pelo menos seis jogos e empatar mais um em 14 rodadas. O aproveitamento, que hoje é de apenas 8,3%, precisará chegar a 45%. O Paraná ainda faz sete partidas na Vila Capanema.
Por isso, um desempenho invicto como mandante será fundamental para ajudar o clube na briga para evitar um vexame maior. Mas a reação precisa começar já diante do São José neste sábado (26), às 11h, em casa, pela quinta rodada.
Veja a tabela completa da Série C
Claro que é uma projeção. A matemática foi feita com base nos números dos anos anteriores sempre do Grupo B - a chave da região Sul e Sudeste. Desde 2012, a Terceira Divisão usa o formato regionalizado na primeira fase: com dois grupos de 10 times separados por regiões do Brasil.
No ano passado, a CBF mudou a segunda fase, que antes era eliminatória até a decisão. Agora, os oito classificados (quatro de cada chave) são divididos em novos dois grupos, com o líder de cada chave disputando a final.
Em 2012, o Madureira foi quem fez mais pontos para se livrar do rebaixamento: 23. Enquanto que em 2015 e 2016, Guaratinguetá e Macaé, respectivamente, precisaram de apenas 16 pontos para assegurarem a oitava posição. Fazendo a média de pontos destas nove temporadas são 19,5 pontos para não cair para a Série D.
Veja as campanhas dos times que ficaram na oitava posição do Grupo B desde 2012:
2012: Madureira - 23 pontos (6 vitórias, 5 empates e 7 derrotas) e 42% de aproveitamento.
2013: Madureira - 19 pontos (3 vitórias 10 empates e 5 derrotas) e 35% de aproveitamento.
2014: Caxias - 22 pontos (5 vitórias, 7 empates e 6 derrotas) e 40% de aproveitamento.
2015: Guaratinguetá - 16 pontos (4 vitórias, 4 empates e 10 derrotas) e 29% de aproveitamento.
2016: Macaé - 16 pontos (4 vitórias, 4 empates e 10 derrotas) e 29% de aproveitamento.
2017: Bragantino - 21 pontos (4 vitórias, 9 empates e 5 derrotas) e 38% de aproveitamento,
2018: Volta Redonda - 20 pontos (6 vitórias, 2 empates e 10 derrotas) e 37% de aproveitamento.
2019: Boa Esporte - 20 pontos (4 vitórias, 8 empates e 6 derrotas) e 37% de aproveitamento.
2020: Criciúma - 19 pontos (4 vitórias, 7 empates e 7 derrotas) e 35% de aproveitamento.
Projeção para uma classificação do Paraná à segunda fase
Olhando para as primeiras posições e fazendo uma projeção positiva, o Paraná tem chances, claro, de se classificar à próxima fase. Mas as contas são ainda mais difíceis.
Para ficar pelo menos na quarta posição do Grupo B, o Tricolor precisa somar 28 pontos - média feita com base nas últimas nove temporadas. Ou seja, vencer nove partidas de 14 ainda a disputar. E o aproveitamento da equipe passar de 64% - hoje próximo ao do Criciúma, terceiro colocado do chave B e invicto com oito pontos.
Veja os números dos times que ficaram na quarta posição do Grupo B e se classificaram à segunda fase desde 2012:
2012: 4º - Oeste - 29 pontos (8 vitórias, 5 empates e 5 derrotas) e 53% de aproveitamento.
2013: 4º - Ipatinga - 28 pontos (7 vitórias, 7empates e 4 derrotas) e 51% de aproveitamento.
2014: 4º - Macaé - 26 pontos (7 vitórias, 5 empates e 6 derrotas) e 48% de aproveitamento.
2015: 4º - Brasil de Pelotas - 29 pontos (7 vitórias, 8 empates e 3 derrotas) e 53% de aproveitamento.
2016: 4º - Juventude - 30 pontos (8 vitórias, 6 empates e 4 derrotas) e 55% de aproveitamento.
2017: 4º - Volta Redonda - 25 pontos (6 vitórias, 7 empates e 5 derrotas) e 46% de aproveitamento.
2018: 4º - Bragantino - 29 pontos (8 vitórias, 5 empates e 5 derrotas) e 53% de aproveitamento.
2019: 4º - Paysandu - 28 pontos (6 vitórias, 10 empates e 2 empates) e 51% de aproveitamento.
2020: 4º - Brusque - 29 pontos (8 vitórias, 5 empates e 5 derrotas) e 53% de aproveitamento.