Paraná pode acionar CBF para disputar a Série D 2023; entenda
O Paraná pode acionar a CBF para herdar uma vaga na disputa da Série D 2023. Nesta quinta-feira (16), o Villa Nova, de Minas Gerais, desistiu de disputar a competição, abrindo espaço para o Tricolor se movimentar nos bastidores. A informação foi divulgada pelo ge e confirmada pelo UmDois.
O Paraná já fez uma consulta à Federação Paranaense de Futebol (FPF) e à própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta quinta-feira, e agora aguarda uma definição sobre qual medida tomar.
O argumento do Tricolor é de que o clube é o melhor ranqueeado no ranking da CBF sem ter uma competição nacional para disputar. "A prioridade é da Federação Mineira, detentora da vaga. Se ela não exercer, o Paraná pode pleitear", explica um membro da diretoria do Paraná.
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Inicialmente, a Federação Mineira de Futebol buscou a Caldense para herdar a vaga, mas também houve negativa. Agora, a ideia dos mineiros é de que a Patrocinense possa disputar a Série D - no entanto, assim com Villa Nova e Caldense, o clube enfrenta difícil condição financeira.
O advogado, ex-diretor jurídico e conselheiro do Paraná, Alessandro Kishino, foi o responsável por avisar a diretoria do presidente Rubens Ferreira sobre a brecha que pode possibilitar a entrada na Série D.
"O que orientei a diretoria, e não falo como diretor jurídico nem advogado do clube, mas como conselheiro, é que se a CBF indica o Paraná, e ela tem razão e argumento técnico para isso, os outros clubes é que deverão questionar", explica Kishino.
"E, se acontecer o contrário, da CBF indicar um clube de Minas, quem tem o direito de questionar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), é o Paraná. Eu sinceramente acho que existe um embasamento jurídico bem robusto a favor do Paraná", reforça.
O parágrafo 4º, do artigo 103, do Regulamento Geral de Competições da CBF diz que, em competições organizadas pela entidade e filiadas, "caso algum clube desista ou não confirme sua participação, caberá à CBF a atribuição da vaga a um novo clube, valendo-se de critérios técnicos, isonômicos, equânimes e que privilegiem o fomento do futebol, podendo adotar o Ranking Nacional de Clubes (RNC) atualizado a atribuir a vaga para clube de outra Federação".