Oliveira acumulou mais de R$ 700 mil em salários como interventor do Paraná
O agora ex-presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, que renunciou ao cargo na noite da última terça-feira (19), acumulou, até o momento, R$ 712,5 mil em salários como representante judicial do Ato Trabalhista do clube.
Mesmo que não seja mais mandatário do Tricolor, Oliveira segue como administrador judicial. Portanto, continuará recebendo os valores referentes à função.
Em fevereiro de 2018, o então presidente foi nomeado pela Justiça do Trabalho como representante do Ato Trabalhista. Na ocasião, ficou acordado que o Paraná destinaria, obrigatoriamente, 20% de suas receitas para quitar dívidas trabalhistas.
Leonardo Oliveira passou, então, a receber R$ 25 mil mensais, valor determinado pela Justiça, como interventor do Ato. O saldo permaneceu assim por quase dois anos, de março de 2018 a dezembro de 2019, totalizando ganhos de R$ 550 mil.
Em janeiro de 2020, o salário foi reduzido para R$ 12,5 mil por pedido do próprio mandatário, após a renovação do Ato Trabalhista. Desde então, os pagamentos, somente com o novo valor, totalizaram R$ 162,5 mil.
Pandemia fez com que Ato fosse suspenso
Por causa da pandemia do coronavírus, a Justiça do Trabalho determinou que o Paraná ficasse com 100% de suas receitas e o Ato Trabalhista fosse paralisado por esse período. Com isso, os 20% que eram destinados a credores acabaram sendo suspensos.
No momento, o Ato Trabalhista está em fase de discussão para a renovação. Não há obrigatoriedade de que alguém ligado ao clube seja o representante judicial.
Oliveira foi eleito para o primeiro mandato como presidente do Paraná em setembro de 2015, para o triênio 2016/2018. A reeleição aconteceu em setembro de 2018, quando foi aclamado após encabeçar a única chapa concorrente. O atual mandato teria validade até o fim de 2021.