Ídolos do passado lamentam crise no Paraná e pedem união para evitar queda
Restam apenas duas rodadas para o término da primeira fase do Campeonato Paranaense e o Paraná corre sérios riscos de até mesmo ser rebaixado neste sábado (26), caso não vença o União, a partir das 16h, na Vila Capanema, e o Rio Branco derrote o Londrina, em Paranaguá.
Com isso, para o duelo direto contra a equipe de Francisco Beltrão, o clube fez promoção de ingressos, na expectativa que o torcedor lote o estádio em apoio ao time, lanterna da competição.
"A torcida tem feito a sua parte para o clube caminhar com as próprias pernas. O Paraná precisa disso. Infelizmente, o clube teve que buscar a parceria e não deu certo. Os jogadores precisam de motivação para reagir agora. É preciso cautela e entrega para conquistar o objetivo", ressalta o ex-zagueiro Castro, que passou pelo Tricolor no início da década de 90.
Confira a classificação do Campeonato Paranaense
De fato, a torcida "abraçou" o clube neste início de temporada. Mesmo com o baixo rendimento dentro dos gramados, o Paraná conta hoje com quase 5 mil associados adimplentes.
De potência ao pior momento de sua história
Um dos primeiros reforços da história do Paraná foi o ex-meia Adoílson, que brilhou com a camisa vermelha, azul e branca e se tornou um dos grandes ídolos do clube na década de ouro do Tricolor.
Ao UmDois Esportes, o ex-atleta lamentou a situação atual do clube e ressaltou que o Paraná precisaria de um grande aporte para voltar a disputar com os grandes do nosso futebol.
"Ver um Paraná que eu vi, a potência que tinha, para ver hoje, é uma situação que nos deixa muito chateados. O futebol evoluiu muito financeiramente e hoje o Paraná precisaria de um investidor muito forte para lutar de igual para igual contra os times grandes do estado mesmo. Se isso não acontece, a tendência é fechar as portas, infelizmente", declara o Bagaço, como era conhecido.
Outro ídolo da década de 90, o ex-lateral Ednelson ressalta que o momento é de união entre os torcedores, para que o Tricolor possa ter mais alegrias no futuro, e criticou a forma como o clube tem sido gerido.
"Nós que vivemos o melhor momento do Paraná, ficamos muito tristes pelo que está acontecendo. O clube precisa de uma retomada, que o torcedor abrace ainda mais a causa e que o time possa seguir com os seus passos, apostando na base, ou com um investidor na forma da SAF, com gestão e não com gestores pensando no bem próprio", frisa.
As contas do Paraná
Para se livrar do rebaixamento no Campeonato Paranaense, o Paraná ainda só depende dele. Se vencer os jogos contra União e Rio Branco, o Tricolor escapa da queda.
Em caso de tropeço frente ao time de Francisco Beltrão, a equipe do técnico Rodrigo Cascca terá que secar os jogos de Rio Branco e Azuriz, além de fazer a sua parte na rodada derradeira.