Dois rebaixamentos, quatro presidentes, parceria frustrada: o 2021 do Paraná
O Paraná teve um ano para esquecer. Com dois rebaixamentos, quatro presidentes diferentes, problemas financeiros, elencos reformulados, quatro técnicos e uma parceria frustrada, o Tricolor viveu um 2021 desastroso.
O Paraná iniciou o ano na Série B, mas dentro da zona de rebaixamento à C. Vendo a situação do clube, o ex-presidente Leonardo de Oliveira pediu renúncia do cargo ainda antes do término da competição - atrasada por conta da pandemia. O Tricolor não conseguiu se livrar da queda e iniciou a temporada com novo presidente e uma reformulação geral.
Molletta assume a presidência, mas também renuncia
O presidente interino Sérgio Molletta assumiu o clube de olho na temporada 2021 e logo iniciou a reformulação, apostando no retorno de ídolos. O técnico Maurílio Silva e o auxiliar Ageu Gonçalves chegaram com o apoio da torcida, substituindo o ex-treinador Márcio Coelho. O elenco também sofreu muitas mudanças.
Em campo, eliminação na Copa do Brasil logo na estreia e atuações irregulares no Paranaense, com vexames como o 5 a 0 sofrido do rival Coritiba, demonstravam como o ano mais difícil da história seria ainda mais complicado do que o imaginado. Em meio a tudo isso, Molletta, que vinha fazendo um bom trabalho, pegou Covid-19, precisou se afastar e, mesmo recuperado, renunciou ao cargo para cuidar da saúde.
Casinha se torna presidente e fecha parceria com FDA Sports
O folclórico Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, assume então a presidência do Paraná - terceiro comandante em menos de quatro meses. Com os problemas financeiros mais que externados para a torcida, que ajudava com vaquinhas e doações, e com os jogadores também já reclamando de salários atrasados, Casinha fechou uma parceria com a desconhecida empresa FDA Sports.
O que viria para ser a "salvação" na temporada, acabou como mais um fracasso tricolor na temporada. A FDA Sports até fez o primeiro aporte, trouxe atletas para ajudar o clube - que já estava na ZR da Série C - e mudou o comando técnico: Sílvio Criciúma foi contratado. Porém, a parceria durou menos de dois meses. Por falta de recursos, o contrato foi quebrado, o clube voltou a ficar sem dinheiro e a situação só piorou.
Rubão é eleito, mas clube é rebaixado à Série D
Em eleição em agosto, o novo presidente do Paraná para o Triênio 2021/2024 foi conhecido: Rubens Ferreira, o Rubão. Quarto presidente do ano. Com uma nova filosofia de comando, demitiu Sílvio Criciúma e apostou no jovem da casa Jorge Ferreira para comandar o elenco na reta final de Série C. Ferreira também foi o quarto técnico a comandar o Paraná em 2021. Mas não houve tempo suficiente para buscar uma permanência na Série C.
O Paraná caiu para a quarta divisão do futebol brasileiro ainda em setembro, sem recursos e também ficou sem calendário para o resto do ano. Os novos diretores precisaram reformular novamente o clube. A única solução plausível foi também buscar uma parceria para o futebol profissional.
LA Sports retorna ao Paraná
A velha conhecida LA Sports retornou ao Paraná no fim de outubro. O clube já confirmou oficialmente nove atletas, mas mais cinco já treinam com o elenco e outros nomes devem chegar até o início do Paranaense.
Mas como 2021 foi desastroso, ainda teve outra parceria frustrada. A nova diretoria tinha fechado um acordo com a empresa portuguesa Sportsprime para cuidar do elenco que disputaria a Copa São Paulo de Futebol Júnior 2022.
No entanto, o Tricolor acabou ficando fora da Copinha pela primeira vez em 16 anos por uma escolha da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A empresa e os jogadores foram dispensados depois de quase dois meses de trabalho.
Com a parceria consolidada, uma diretoria organizada e um elenco equilibrado, a expectativa é por um ano melhor em 2022. O Paraná precisa fazer boas campanhas no Paranaense, Copa do Brasil e Série D para ter calendário em 2023. O acesso à Série C, claro, é a prioridade do clube na temporada que começa já em janeiro.