Paraná lota ginásios na 3ª divisão de futsal: espetáculo emocionante e deprimente
O Paraná está prestes a completar cinco meses sem uma partida oficial de futebol. O vexame contra o Patriotas, dia 25 de junho, na segunda divisão do Campeonato Paranaense, foi a despedida do Tricolor da ridícula temporada de 2023.
A espera será ainda mais longa. Sem calendário nacional, o clube liderado pelo desleixado Rubão e por seu incapaz parceiro, Marcos Amaral, só deve voltar a campo no final de abril de 2024, novamente no segundo escalão estadual. Será azarão.
Cenário inadmissível e desesperador que tornou órfã a massa paranista, que acabou encontrando na amadora terceira divisão de futsal paranaense uma forma de enfrentar o vazio futebolístico e de dar vazão a um sentimento sequestrado por seguidas diretorias.
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O time salonista tricolor, comandado pelo competente técnico Thiago Ferreira, o Pelé, e pelo excelente diretor, José Roulien Júnior, foi vitorioso e já obteve o acesso para a Série Prata.
Disputará a final no próximo sábado, 17, no Ginásio do Tarumã, contra o Terra Boa Futsal. A torcida, que já vinha lotando o ginásio da Kennedy e do próprio Tarumã, deve repetir a festa.
Espetáculo emocionante, que revela a base imaterial do paranismo, a vontade indelével impressa no espírito de cada torcedor: uma expressão comovente de paixão irrestrita que independe até mesmo da existência de um time.
Mas que, ao mesmo tempo, guarda em segundo plano um componente pra lá de deprimente. É inevitável. Que fique claro, nada contra o futsal. Pelo contrário. Ele está no DNA do Paraná. Sempre o defendi.
No entanto, para quem um dia viu o Tricolor na elite nacional, ou na imponente Libertadores, foi o que restou. E há quem já tenha se acostumado.