Ex-técnico cita legado no Paraná, pede união e “plano estratégico” para retomada do clube
Omar Feitosa lamentou, mais uma vez, a eliminação do Paraná Clube na Série D. O ex-treinador, no entanto, comemorou o fato de ter tido novamente a chance de estar dentro do clube. Além de agradecer a diretoria, a LA Sports e a torcida paranista, Feitosa, com toda sua experiência no futebol, disse ter deixado um legado na organização interna do clube.
"Não sei se deixei um legado aparente, o técnico, a comissão. Mas o legal é você ver uma chama de esperança que é possível o Paraná Clube se reconstruir e voltar a ser o que era. Não vai ser fácil, não vai ser no curto espaço de tempo, mas os primeiros passos têm que ser dados, a partir da montagem de um time. Se é que tem um legado é que é possível, porque houve uma união em torno deste propósito de subir o Paraná para a Série C", afirmou.
"Eu tive toda uma participação, desde a melhora dos gramados da Vila Capanema ao CT, até a montagem do departamento de fisioterapia e outros detalhes. Eu tive muita participação. Mas eu me sinto com a consciência tranquila, que nós fizemos tudo o que tinha que ser para classificar a equipe. Nós ficamos por um detalhe", acrescentou o ex-treinador.
O treinador afirmou que teve autonomia para comandar a equipe durante toda a competição e citou que os salários sempre estiveram em dia. "Eu tenho que agradecer muito a todos da diretoria, o Salve o Paraná e a LA, porque eles conseguiram conduzir de uma maneira em que essas coisas não estavam atrapalhando o grupo. Sempre os salários e as coisas que eram combinadas, estavam sendo pagar. E me deram autonomia para conduzir o trabalho. E até por isso minhas frustação é gigantesca", declarou.
Paraná não tinha planejamento: "A missão era subir o Paraná Clube"
Omar Feitosa ainda afirmou que o clube não tinha um planejamento definido para o futuro, independente se subisse ou não. Para o ex-comandante, o clube precisa de um plano estratégico e união de todos - de presidente a conselhos - para a retomada.
"Não. Não havia nenhum planejamento. A missão era subir o Paraná Clube. Eu acho que o clube precisa ter um plano estratégico, muito bem feito, com poucas oscilações, desvio de rota, para chegar onde ele quer chegar. Não sei se com a SAF, como seria para negociar dívidas, já tem coisas encaminhadas, mas o mais difícil é conseguir ter receita. Mas o clube precisa ter um plano estratégico e não pode ser encabeçado apenas no presidente", analisou.
"As primeiras perspectivas do Paraná não são boas, mas se eles usarem esse momento e os sucessivos fracassos para se solidificar, é um clube que vai permanecer na melhor divisão nacional por muito tempo. Mas tudo isso tem que servir de aprendizado para as pessoas que conduzem o Paraná e eu não estou falando apenas do presidente Rubens, e das pessoas que o cercam, mas do Paraná Clube como um todo, um olhar mais macro. Sinto muito", lamentou.