Justiça renova Ato Trabalhista do Paraná por mais um ano
A Justiça do Trabalho renovou o Ato Trabalhista do Paraná Clube por mais um ano. A juíza Marli Gomes Gonçalves, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região, aprovou o plano apresentado pelo Tricolor para aumentar as receitas na temporada. A manutenção do Ato era uma das prioridades da gestão de Rubens Ferreira.
De acordo com o despacho do último domingo (10), o Paraná apresentou um projeto no qual prevê uma renda de pouco menos de R$ 9 milhões no ano, o que resultaria em aproximadamente R$ 150 mil mensais destinados para a centralização de penhoras.
O documento informa que Paraná possui 112 processos cíveis ativos, no valor de R$ 32,1 milhões, e 336 processos trabalhistas ativos, no montante de R$ 39 milhões, o que totalizava R$ 71,2 milhões. Além disso, o clube teria apresentado quatro imóveis de sua propriedade como garantia, que foram avaliados em mais de R$ 124,5 milhões.
A juíza citou o momento desportivo do clube, com o descenso para a Série D, para justificar a aprovação da renovação do Ato Trabalhista, ressaltando que a execução é a melhor forma de o clube manter a regularidade do pagamento do passivo.
A Justiça pediu cópias atualizadas de imóveis de propriedade do clube, situados em Guaratuba, para que possam ser analisados para possíveis vendas e, assim, os valores sejam utilizados para pagamentos das dívidas.
O Tricolor já havia apresentado as sedes do Boqueirão e da Kennedy como garantias para o pagamento dos credores. Mas, como ressaltou a própria juíza, o imóvel do bairro Boqueirão está em litígio e com dificuldades da liberação do dinheiro. Já a sede da Kennedy, envolvida principalmente para pagamento da dívida com o Banco Central do Brasil (Bacen), não teve interessados em dois leilões realizados neste ano.