Empresários se reúnem com a prefeitura para viabilizar venda da Kennedy e SAF do Paraná
A semana tem sido crucial para a resolução de um importante capítulo na história do Paraná Clube.
Um grupo de empresários paranistas se reuniu com representantes da Prefeitura de Curitiba e outros políticos do Estado do Paraná para viabilizar o destino da Sede da Kennedy. O encontro foi pautado pela tentativa do clube de remover a cláusula de finalidade que restringe o uso do local apenas para atividades esportivas, visando facilitar a sua venda.
"Estamos tentando convencer os políticos, que estão engajados na causa. A Sede da Kennedy já cumpriu essa finalidade de práticas esportivas no local. Já são 50 anos cumprindo isso. O cenário é diferente. Até para a SAF do Paraná dar certo depende disso. A continuidade do paraná passa por isso", disse o empresário Marcelo Medeiros ao UmDois Esportes.
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"Temos que ser otimistas sempre e crer na boa vontade do poder público, que está ocorrendo. E agora todos todos estão cientes da urgência", reforça o empresário Alphonse Voigt. "Não creio que seja necessário o envolvimento da Câmara de Curitiba e sim apenas um parecer favorável da Procuradoria do Município", complementa.
Além dos dois, também estiveram na reunião o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, e o deputado estadual Alexandre Curi, que também falou sobre o encontro.
"Estamos tentando ajudar o Paraná Clube. É o início de uma conversa", frisou Curi. Segundo apurou a reportagem, o Conselho Gestor do Tricolor também participará das próximas reuniões com o poder público.
Futuro da SAF do Paraná passa pela Sede da Kennedy
O Paraná Clube, em parceria com a Prefeitura e a Procuradoria do Município, busca desvincular o terreno da Kennedy da cláusula de finalidade, um passo essencial para viabilizar a operação da SAF do Tricolor, que depende diretamente da regularização da sede social.
Um desfecho positivo nessa empreitada abriria caminho para a tão esperada venda do terreno.
Os recursos provenientes da negociação da sede seriam cruciais para quitar parte das dívidas do clube, que alcançam a cifra de aproximadamente R$ 120 milhões, entre débitos trabalhistas e fiscais.
A operação de liquidação das dívidas com os recursos do leilão não apenas aliviaria o peso financeiro sobre o Paraná Clube, mas também abriria portas para investimentos diretos no futebol, aumentando as chances de êxito dentro dos gramados.
O principal investidor do consórcio que está próximo de comprar 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Paraná Clube chama-se Carpa Family Office, segundo apurou o UmDois Esportes. A previsão total de investimento é de R$ 430 milhões em dez anos. No entanto, o grupo não assumiria o pagamento dos débitos do clube.