Cascca admite abatimento e reclama de montagem e falta de peças no elenco do Paraná
O técnico Rodrigo Cascca falou sobre o momento do Paraná. O treinador admitiu que o grupo está muito abatido com a situação do clube no Paranaense e também reclamou da forma como o elenco foi montado e da falta de peças. Cascca comentou sobre vários pontos que têm contribuído para a má fase do Tricolor.
Emocional abalado
"É difícil achar o motivo dessa situação. A gente planejou, mas tomamos um gol muito rápido no retorno, que desestabilizou o nosso time. Acredito muito pela questão emocional que o grupo está, você percebe isso. Eu conversei muito com eles, pedi que a gente pudesse se defender quando estivesse vencendo. Depois do empate, não tivemos reação e eu vejo muito pelo lado emocional".
Questão física abaixo do esperado
"O Kiss falou que estamos trocando pneu com o carro andando. Hoje eu sou o borracheiro, correndo atrás do carro e tentando trocar. É difícil. Teremos uma semana cheia, mas é até difícil de planejar com a forma que a equipe está. Todos estão muito desgastados fisicamente. Até o René Simões me falou isso após o jogo. Está muito claro desde o início a montagem, depois vieram as peças mais experientes, que culminou em um processo que ainda não encaixou. Temos dois jogos muito difíceis, vai ter que ser uma briga, uma guerra para manter o Paraná na primeira divisão".
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Falta de peças no elenco
"Olhando até de fora, parece um negócio bagunçado colocar quatro atacantes. Mas aí você olha para o banco durante o jogo e eu tenho Luan, Franklin. Ontem foi corrido, eu e meus auxiliares tentando montar um time. Eu tinha uma ideia de fazer três zagueiros, mas precisando ganhar e um clássico em casa, é complicado. Eu tinha uma estratégia de forçar os últimos 20 minutos, com gente que entrasse mais inteiro, mas os nossos laterais pediram para sair. A gente tentou, mas desorganizou. Hoje a gente não tem nenhum meia no elenco, todos estão machucados. Eu tento tentado com o Castanha, mas não é a característica dele. E a gente acaba ficando muito vulnerável quando o Kiss e o Moisés saem para jogar. É difícil e não tivemos tempo de treinar".
Culpa dividida entre todos que montaram o planejamento
"Até ontem na conversa com a torcida, o comandante deles me disse que eu não tenho culpa. Mas eu disse que tenho culpa, sim. Eu não posso ser covarde. Eu não montei o time, não fiz pré-temporada, mas a partir do momento que eu aceitei, analisei, vi o peso e aceitei, não posso me acovardar. Eu estou junto, onde vai terminar eu não sei, mas nós vamos juntos até o final, com responsabilidade".
Elenco abatido
"Abatidos. Eu até conversava com a comissão, e a gente está um pouco assustado. O baque está muito grande, principalmente pelo peso da camisa. Ninguém imaginava isso para o clube. O baque está tão grande, que eles não estão nem conseguindo discutir. Outro elencos que eu montei, em outras situações, o bicho pegava no vestiário. Estamos tentando de alguma forma motivá-los. Tem várias questões. E a falta de peças é muito clara. Como que faz para montar um time com todos os desfalques? Os jogadores chegam e já vão para o jogo, mas não temos ninguém".