Carpa retira oferta para compra da SAF do Paraná; entenda os motivos
O consórcio de investidores liderado pela Carpa Family Office retirou oficialmente a proposta de compra da SAF do Paraná Clube. A oferta englobava investimento de R$ 430 milhões em dez anos em troca de 90% das ações.
A comunicação da desistência foi feita ao clube e ao administrador judicial na tarde desta segunda-feira (11), data do fim do prazo estipulado pela juíza da Recuperação Judicial (RJ) do Tricolor.
O UmDois Esportes apurou que uma nova proposta está sendo formulada, adequando-se aos obstáculos encontrados em todo o processo de compra da SAF. Entre eles, a incerteza sobre o leilão da sede da Kennedy e a transação tributária paranista, que ainda não foi concluída.
Empecilhos na SAF do Paraná
A venda da SAF do Paraná foi liberada pela juíza Mariana Fowler Gusso, titular da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, em 12 de dezembro. Uma semana antes, o Conselho Deliberativo do Tricolor aprovou a negociação por maioria de votos.
Porém, a proposta vinculante do negócio nunca foi feita por causa de diversos impasses. O primeiro ponto tem relação com o imóvel da sede Kennedy, que tem cláusula de finalidade que restringe o uso da área à prática esportivas.
Apesar de diversas tentativas para tentar resolver a situação, a avaliação do grupo de investidores é de que desta forma não há possibilidade de sucesso no leilão. O valor atribuído pelo leiloeiro Hélcio Kronberg para o lance mínimo (R$ 69 milhões) está bem aquém do número esperado (R$ 88 milhões) pelo Paraná.
Outra situação diz respeito à transação tributária pedida na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. A dívida atual está na casa dos R$ 85 milhões e a União já entrou com embargos declaratórios questionando a venda da Kennedy – os valores seriam usados para pagamento da RJ, mas a União entende ter preferência para ter sua dívida quitada.