Após novo caso de violência, técnico do Paraná Clube cobra CBF e poder público
O técnico do Paraná Clube, Omar Feitosa, lamentou mais um episódio de violência no futebol brasileiro. Dessa vez, a confusão ocorreu antes do duelo do Tricolor com a Portuguesa-RJ, pela Série D. Segundo a polícia, um grupo de torcedores do Flamengo atacou o ônibus da torcida paranista na chegada ao Luso-Brasileiro.
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"A gente fica triste, né? A gente quer ver a torcida ficando chateada, torcendo, ficando feliz... Enfim, indo para o estádio e se divertindo. Só que temos, há muito tempo, um sistema viciado. E todos nós, da comunidade futebol, nos acostumamos com isso e não é uma coisa incomum que tem acontecido", falou o treinador.
"A ruptura de um sistema viciado tem que ser provocada a partir do órgão organizador da competição (CBF) e do poder público. Porque é através da educação. Esses meninos aí (estão) cheios de testosterona e, às vezes, ficam sem propósito. Daí eles se reúnem e acabam brigando", completou Omar Feitosa.
As últimas semanas têm sido marcadas por casos de violência, inclusive envolvendo clubes paranaenses. A torcida do Athletico, por exemplo, entrou em confronto com torcedores do Juventude em Caxias do Sul. E a torcida do Coritiba envolveu-se em uma confusão com torcedores do Palmeiras no Couto Pereira.
Por conta desses episódios, Coritiba e Athletico decidiram realizar os dois Atletibas do Brasileirão com torcida única - assim como já havia acontecido no mata-mata do Estadual. E a diretoria rubro-negra vetou bandeiras, faixas e instrumentos musicais na Arena da Baixada - tanto da organizada quanto de outros torcedores.
Após perder para a Portuguesa-RJ por 1 a 0, o Paraná Clube volta a campo diante do Nova Iguaçu, no sábado (2), às 16h, na Vila Capanema, pela 12ª rodada da Série D. Depois, o Tricolor fecha a primeira fase contra o São Bernardo (dia 9, um sábado, às 16h, fora) e contra o Oeste (dia 17, um domingo, às 15h, em casa).