Paralimpídas

Petrúcio Ferreira leva ouro e bate recorde; Washington Júnior é bronze

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Estadão Conteúdo
27/08/2021 11:54 - Atualizado: 04/10/2023 17:34
Petrúcio leva o ouro em Tóquio
Petrúcio leva o ouro em Tóquio | Foto: Divulgação/CPB

Petrúcio Ferreira continua sendo o homem mais rápido do esporte paralímpico.

Nos Jogos de Tóquio-2020, ganhou a medalha de ouro na prova dos 100 metros da classe T47, para quem teve um braço amputado, e ainda houve uma dobradinha brasileira: Washington Júnior levou o bronze. A prata ficou com o polonês Michal Darus. Na prova, o Brasil ainda teve Lucas de Souza, que chegou na sexta colocação.

Na largada, Washington imprimiu um ritmo muito forte. Petrúcio foi se recuperando e assumiu a liderança por volta dos 50 metros, anotando o tempo de 10s53, novo recorde paralímpico. Darus ficou com o tempo de 10s61 e Washington Ferreira, fazendo muita força no fim, completou o percurso em 10s68.

Petrúcio é uma das maiores estrelas paralímpicas do Brasil. Campeão e recordista mundial e ouro no Rio-2016, o paraibano de 24 anos foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da Tóquio-2020, ao lado da jogadora de bocha Evelyn Oliveira.

Após a prova, Petrúcio contou sobre um momento tenso que teve durante a preparação. "No momento difícil acabei tendo uma discussão com o treinador, e peço desculpas. Ele é um cara fenomenal, um pai pra mim. Eu perguntei pra ele: 'você confia em mim', e ele respondeu: 'confio, confio 100%, 200%'", relatou, em entrevista ao SporTV. Ao lado de Washington, os dois disseram ter combinado o funk com a pisadinha na dancinha que fizeram após a conquista das medalhas.

Tendo quebrado o recorde mundial da sua categoria diversas vezes, Petrúcio diz não ver isso como um peso. "Não ponho esses resultados como pressão, mas coloco como um desafio pessoal de buscar o meu melhor, de estar no meu melhor e buscar o meu limite", afirmou ao Estadão.

Natural do Rio de Janeiro, Washington Júnior tem uma carreira de respeito: aos 24 anos, é vice-campeão mundial, tendo conquistado a prata em 2019, no Mundial de Doha e agora o bronze paralímpico

Antes deles, dois brasileiros disputaram a final da classe T37 (para quem tem dificuldades motoras decorrentes de problemas neurológicos), mas sem medalha. Ricardo Costa ficou em quinto lugar e Christian Gabriel chegou em sétimo.

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