salto em altura

Lesionada, paranaense formada em assentamento do MST não compete em final

Valdileia Martins alcançou a final do salto em altura

A paranaense Valdileia Martins, atleta formada em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), chegou à final olímpica em Paris, neste domingo (4). Mas, por causa de uma lesão, ela não conseguiu efetivamente disputar a final do salto em altura nos Jogos Olímpicos.

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A atleta sofreu uma entorse no tornozelo ainda durante as eliminatórias, na sexta, depois de passar 1,92m e igualar o recorde brasileiro. Ainda sem a confirmação da vaga, tentou 1,95m e se machucou.

Ela passou dois dias em tratamento na Vila Olímpica e sua vitória foi vir ao estádio olímpico e participar da final. Ela não aqueceu o salto, ainda que tenha aquecido a corrida levemente, e depois sentou-se.

Na sua vez de saltar, deu uma pequena corrida e parou. Oficialmente, ela termina a competição como NM, de “no mark” (sem marca) e não como DNS, de “did not start” (não largou). Valdileia, aos 35 anos, estreante em Olimpíadas, se despede de Paris entre as 12 melhores dos Jogos.

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“Não consegui recuperar porque deve ser alguma lesão séria. Estava com dificuldade de andar. A gente tentou fazer gelo para tentar saltar na final. Mas quando tenho que usar o pé 100%, ainda não consigo colocar força”, disse, em entrevista ao Sportv.

Ela também afirmou estar satisfeita com seu desempenho. Com a marca de 1,92 m alcançada na fase de classificação, ela igualou o recorde brasileiro estabelecido em 1989.

“Gostei muito do resultado. Vim trabalhando bastante para que isso acontecesse aqui [em Paris-2024]. Queria quebrar o recorde, acabei igualando. Mas estou muito satisfeita e sei que posso ir além.”

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Valdileia Martins perdeu o pai durante os Jogos

Valdileia, ou Val, também comentou a perda de seu pai, que morreu de infarto na última segunda-feira (29). Segundo a atleta, sua família a incentivou a competir em homenagem ao ele, o seu Israel Martins.

“Sei que ele está feliz. Agora é uma fase muito difícil que eu sei que tenho que superar. Meu pai é minha motivação maior. Mas estou contente com tudo que estou vivendo”, acrescentou, em lágrimas.

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