Bruno Fratus vai à final dos 50m livre com o 3º melhor tempo
Bruno Fratus confirmou a boa fase e garantiu seu lugar na final dos 50 metros livre na Olimpíada de Tóquio-2021, na noite desta sexta-feira, pelo horário brasileiro. O nadador registrou o terceiro melhor tempo das semifinais, empatado com o grego Kristian Gkolomeev. O brasileiro disputará sua terceira final consecutiva da prova em Olimpíadas.
Fratus nadou na primeira bateria e chegou em segundo lugar, com 21s60, mesmo tempo obtido por Gkolomeev. O francês Florent Manaudou, campeão olímpico da prova em Londres-2012, bateu em primeiro, com 21s53 - foi o segundo melhor tempo das semifinais. A decepção da disputa coube ao russo Vladimir Morozov, candidato ao pódio, mas que foi o oitavo e último da bateria.
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O mais veloz das semifinais foi o americano Caeleb Dressel, um dos maiores destaques da natação nestes Jogos de Tóquio, com 21s42, tempo pior em comparação ao seu desempenho na fase classificatória, com 21s32, quando se aproximou do recorde olímpico, de 21s30, que pertence ao brasileiro Cesar Cielo. Dressel, contudo, aliviou nos metros finais nesta noite, indicando que poderá quebrar esta marca na final, às 10h30 de domingo, pelo horário de Brasília.
Fratus, por sua vez, mostrou evolução porque havia nadado para 21s67 na eliminatória. Seu melhor tempo é de 21s27, obtido no Mundial de Budapeste, quando conquistou a medalha de prata. Conhecido por sua regularidade, ele nadou abaixo da marca de 22 segundos pela 90ª na carreira - é o nadador que mais vezes superou esta barreira. E registrou o seu melhor tempo na temporada até agora.
Aos 32 anos, Fratus está em sua terceira Olimpíada. Nos Jogos de Londres-2012 terminou na quarta colocação nos 50m livre, sua especialidade, e no Rio-2016 acabou na sexta colocação, numa das maiores decepções da modalidade naquela Olimpíada, quando a natação passou em branco no pódio.
Além da prata em Budapeste, em 2017, ele foi o segundo colocado na prova no Mundial de Gwangju-2019, na Coreia do Sul. Ou seja, Fratus ainda briga pelo ouro em uma grande competição internacional em piscina longa (de 50 metros). Em Tóquio, ele tem mais uma oportunidade.
Para este ciclo, o nadador precisou superar momentos ruins dentro e fora das piscinas. Após decepcionar no Rio-2016, ele chegou a enfrentar uma depressão, que superou com ajuda da esposa e treinadora Michelle Lenhardt nos Estados Unidos, onde mora e treina desde 2014.
O velocista, considerado o sucessor de Cielo, ainda soma sete medalhas em Jogos Pan-Americanos, sendo cinco de ouro e duas de prata.