Tóquio-2021

Alison dos Santos fatura a medalha de bronze nos 400m com barreiras

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UmDois Esportes, com Estadão Conteúdo
03/08/2021 03:28 - Atualizado: 04/10/2023 17:39
Alison dos Santos fatura a medalha de bronze nos 400m com barreiras
| Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Alison dos Santos, o "Piu", faturou a medalha de bronze nos 400m com barreiras e se tornou nesta terça-feira (3) o primeiro brasileiro a subir ao pódio nessa prova. Na final da Olimpíada de Tóquio-2021, ele anotou 46s72, ficando atrás do norueguês Karsten Warholm e do americano Rai Benjamin, que fizeram 45s94 (novo recorde mundial) e 46s17, respectivamente.

Com o tempo de 46s72 nesta terça-feira no Estádio Olímpico de Tóquio, Alison quebrou o recorde sul-americano novamente. A marca dos três primeiros colocados foram as três melhores da história, evidenciando o altíssimo nível técnico da final desta prova.

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Além dos números expressivos em uma prova que o Brasil não tem tradição, o que se destaca nesse jovem de 21 anos nascido em São Joaquim da Barra (SP) é a sua história de vida. Quando tinha apenas dez meses de idade, ele sofreu um acidente doméstico grave. Bateu em uma frigideira cheia de óleo fervendo, que virou sobre si, provocando queimaduras de terceiro grau na cabeça, ombros, peito e braços.

Alison ficou internado durante meses e carrega as cicatrizes até hoje. Na cabeça, por exemplo, tem uma falha no cabelo. Quando ele não está competindo, quase sempre usa um boné para proteger a pele mais sensível do sol.

Com exceção das marcas na pele, o acidente doméstico não deixou sequelas em Alison. Prova disso é que ele disputará a final olímpica dos 400m com barreiras com grandes chances de conseguir um lugar no pódio olímpico.

O seu corpanzil, inclusive, é um diferencial em relação à maioria dos demais atletas. Ele tem 1,98m de altura, sendo 1,12m só de pernas, que facilitam na hora de dar passadas largas e transpor os obstáculos.

Quando criança, Alison se arriscou no judô. Foi nesse período que ganhou o apelido de Piu, mas logo trocou o tatame pelo atletismo.

Não é de hoje que a sua condição atlética lhe proporciona bons resultados nas pistas. Com apenas 16 anos, ele já competia entre adultos. Em 2019, aos 18 anos, venceu os 400m com barreiras com o tempo de 48s84 e quebrou o recorde sul-americano sub-20.

Nos Jogos Pan-Americanos de Lima naquele ano, melhorou ainda mais a sua marca, com 48s45. Aí, ano a ano, prova a prova, vem correndo cada vez mais rápido e melhorando o seu desempenho até chegar aos 47s31 do último domingo que o colocaram com o segundo melhor tempo na classificação geral das semifinais dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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