Salto e barras

Com medalhas de ouro e prata, Rebeca Andrade faz história no Mundial de Ginástica

Por
Estadão Conteúdo
23/10/2021 17:56 - Atualizado: 04/10/2023 17:23
Campeã olímpica brilhou em Kitakyushu
Campeã olímpica brilhou em Kitakyushu | Foto: EFE/EPA/KIMIMASA MAYAMA

A brasileira Rebeca Andrade fez história na manhã deste sábado (23) ao conquistar a medalha de ouro na modalidade salto e a prata nas barras assimétricas durante a disputa do Mundial de Ginástica Artística no Japão.

Com isso, ela se torna a primeira brasileira a garantir duas medalhas na competição e a segunda a conquistar o ouro em um Campeonato Mundial - a primeira foi Daiane dos Santos, em 2003.

Em suas duas apresentações no salto, Rebeca tirou as notas 15,133 e 14,800, atingindo uma média de 14,966. A segunda colocada foi a italiana Asia D'Amato, que conseguiu uma média de 14,083. Em terceiro lugar, a russa Angelina Melnikova conquistou o bronze, com 13,966, após ter ficado com o ouro no individual geral na sexta-feira, 22.

Nas barras assimétricas, Rebeca conquistou a nota 14,633, ficando atrás da chinesa Wei Xiaoyuan, com 14,733. O bronze foi para a também chinesa Luo Rui, com 14,633. A medalha de prata na modalidade tem grande valor para a brasileira, pois, segundo ela, é uma prova de seu amadurecimento e a realização de um sonho.

"Fiquei muito feliz com a minha paralela, que todo mundo sabe que é meu aparelho favorito", comentou a ginasta em entrevista ao canal SporTV.

"Infelizmente não consegui fazer minha série completa, mas ela foi muito limpa. Isso me dá muito orgulho, mostra como amadureci, como tenho controle sobre meu corpo, sobre minha mente, quando acontece alguma coisa diferente. Isso é muito importante para o atleta. Estou muito feliz, porque era meu sonho ser medalhista da paralela", completou.

Em julho, Rebeca conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, um ouro no salto e uma prata no individual geral. Mesmo com o grande desempenho na Olimpíada, ela nunca havia conquistado medalhas na disputa do Mundial, pois passou por de uma série de problemas físicos. Foram três cirurgias no joelho direito, num intervalo de quatro anos.

Agora com duas novas medalhas no currículo, a ginasta pode somar mais uma. Isso porque ela volta a competir na madrugada do domingo, às 5h (no horário de Brasília), desta vez disputando na trave para encerrar a já grandiosa participação no Mundial. O brasileiro Caio Souza também tem chance de medalhas, nas barras paralelas.

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