Tite quer a Europa. Mas a Europa quer Tite após fracasso no Catar?
O técnico Tite parece ainda não ter compreendido completamente o tamanho do fracasso da seleção brasileira na Copa do Mundo 2022, no Catar.
Fracasso ligado diretamente ao trabalho do treinador, que tem recusado aproximações de clubes brasileiros e seleções periféricas, como a Coréia do Sul, para focar no mercado europeu. Recentemente, ofereceu seus serviços ao cambaleante Chelsea, da Inglaterra.
Acabou desconsiderado, diante de nomes como o jovem alemão, Julian Nagelsmann, e do espanhol Luís Enrique que, apesar de ter sido eliminado com a Espanha para Marrocos, no Mundial, ainda assim segue prestigiado no Velho Continente.
O Chelsea optou pelo interino Frank Lampard e, ao final da temporada, deve indicar um novo comandante. E é justamente no final da temporada europeia que Tite foca suas esperanças.
+ Confira a tabela da Copa do Brasil
Ele acredita que, no momento mais quente do mercado, pode conseguir uma boa posição em um clube de relevância. A tendência, no entanto, é de que apenas propostas medianas se apresentem ao brasileiro. Reflexos de um péssimo trabalho na Copa.
O favoritismo do Brasil no Catar era unânime. Jornalistas estrangeiros, ex-jogadores, ex-treinadores, todos apontavam a seleção como forte candidata ao hexa. Análise baseada no elenco repleto de opções, principalmente ofensivas, e na continuidade do trabalho de Tite.
O treinador, no entanto, demonstrou parco repertório tático, não soube modificar a equipe de acordo com as circunstâncias, delegou atribuições importantes a auxiliares como o próprio filho, foi novamente refém de Neymar e, por fim, demonstrou fraqueza psicológica em momentos de decisão. Sucumbiu.
A queda para a Croácia nas quartas de final foi o marco derradeiro da passagem de Tite pela seleção e repercutiu mundo afora. Circunstâncias que dificultam o sonho europeu do treinador que já venceu tudo no Brasil.