STJD aceita recurso do Brusque em caso de racismo contra Celsinho e clube recupera pontos
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitou o recurso apresentado pelo Brusque a respeito do caso de racismo de um dirigente contra o jogador Celsinho, do Londrina, em sessão nesta quinta-feira (18). A decisão foi por maioria dos votos. Com isso, o clube terá três pontos devolvidos na tabela da Série B.
Atualmente na 15ª posição, com 41 pontos, o time catarinense sobe uma posição e se afasta ainda mais do rebaixamento. Apesar da devolução dos pontos, a multa de R$ 60 mil imposta ao clube segue. Assim como as punições ao dirigente Júlio Antônio Petermann, autor das ofensas racistas, que segue suspenso por 360 dias e terá que pagar R$ 30 mil.
Londrina se manifesta sobre a decisão
O Londrina manifestou-se nas redes sociais depois da decisão do STJD a favor do Brusque. O clube demonstrou apoio à luta contra o racismo. "A luta continuará. Racismo não, é o que ecoará!", escreveu.
Relembre o caso
Na partida entre Brusque e Londrina, pela Série B, realizada no dia 28 de agosto, Celsinho afirmou que foi chamado de "macaco" por Júlio Antônio Petermann, dirigente do time catarinense. Na súmula, o árbitro Fábio Augusto Santos Sá relatou que o meia ouviu o grito "vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha" vindo das arquibancadas.
O Brusque acusou o meia Celsinho de “oportunismo” e falsa imputação de crime. Celsinho também registrou boletim de ocorrência, depois de o Londrina divulgar um vídeo da transmissão da partida onde era possível ouvir a frase ouvida pelo atleta.
Após perder patrocinadores, o Brusque afastou o dirigente e divulgou uma nota pedindo desculpas para Celsinho. O clube catarinense e Júlio Petermann, porém foram denunciados por "ato discriminatório" contra o atleta e acabaram condenados pelo STJD.
No mês passado, jogadores e funcionários do Brusque divulgaram um comunicado em que protestaram contra a decisão do órgão do futebol. Nesta quinta, o STJD aceitou o recurso do clube e puniu apenas o dirigente.