Sindicato de jogadores denuncia que afastamento de Mbappé é “assédio moral”
O sindicato dos jogadores profissionais de futebol da França (UNFP) saiu em defesa neste sábado de Kylian Mbappé, que foi afastado da pré-temporada do Paris Saint-Germain no Japão como medida de força por se recusar a renovar, e lembrou que pressionar um jogador a prolongar seu compromisso com um clube pode ser considerado "assédio moral".
“Nunca é demais lembrar aos dirigentes que exercer pressão sobre um empregado – degradando suas condições de trabalho, por exemplo – para forçá-lo a sair ou aceitar o que o empregador deseja constitui assédio moral”, alertou o sindicato em comunicado, lembrando uma decisão do Tribunal de Apelação de Reims de 2020.
“Todos os jogadores devem beneficiar-se das mesmas condições de trabalho que o resto do staff profissional”, acrescentou o sindicato, que recordou o caso de outros jogadores do PSG em situação semelhante à de Mbappé, como Leandro Paredes, Georginio Wijnaldum e Keylor Navas.
O técnico do PSG, Luis Enrique, apresentou ontem uma lista de 29 jogadores sem Mbappé, após a decisão da direção do clube de não inclui-lo em uma viagem que começou neste sábado e fará paradas nas cidades japonesas de Osaka e Tóquio.
PSG acredita em acordo de Mbappé com o Real Madrid
De acordo com o jornal “L'Equipe”, o PSG acredita que Mbappé, cujo contrato termina em 2024, tem atualmente um acordo com o Real Madrid para sair no final da próxima temporada e também anunciou internamente sua decisão de não exercer a opção de renovar o seu vínculo por um ano.
Com esta decisão, Mbappé não deixaria um único euro nos cofres do clube parisiense, que ao deixá-lo fora da lista para a pré-temporada pressiona o seu jogador para provocar sua saída nesta janela, com o objetivo de receber uma quantia pela sua transferência.
Mbappé, ainda nesta sexta-feira, participou no amistoso do PSG contra o Le Havre no centro de treinamento. Foi reserva, mas entrou no segundo tempo para marcar um dos gols da vitória de 2 a 0.
Pouco tempo depois, o craque ficou fora da lista de convocados para a turnê asiática, que incluía nomes como Neymar, Marco Asensio e até o seu irmão, Ethan Mbappé.