Retrospectiva 2023: os personagens do esporte que nos deixaram
O ano de 2023 chega ao fim com várias despedidas dolorosas de grandes personalidades ligadas ao mundo do esporte. O UmDois Esportes relembra as principais perdas.
Gianluca Vialli
O ex-atacante e ídolo do futebol italiano, Gianluca Vialli morreu no dia 6 de janeiro, aos 58 anos, em um hospital de Londres, devido a um câncer de pâncreas diagnosticado há cinco anos e que o obrigou a deixar o cargo de chefe de delegação da seleção italiana no dia 14 de dezembro do ano passado. Vialli foi um dos mais importantes jogadores, dirigentes e técnicos do futebol italiano na década de 1990.
Roberto Dinamite
O maior ídolo da história do Vasco, Roberto Dinamite faleceu no dia 8 de janeiro, aos 68 anos. O ex-jogador vinha lutando contra um tumor no intestino desde o fim de 2021. Carlos Roberto Gama de Oliveira nasceu em 13 de abril de 1954, em Duque de Caxias (RJ). Se tornou Dinamite em 25 de novembro de 1971, no Maracanã. Foi neste dia que o atacante, então aos 17 anos, recebeu o apelido que marcou sua trajetória depois de marcar seu primeiro gol pelo Vasco, na vitória por 2 a 0 sobre o Internacional.
Almir
O curitibano Almir Carlos Manzochi morreu no dia 14 de fevereiro, aos 90 anos. Ponta de lança e artilheiro, ele jogou ao lado de personagens antológicos da história do Coritiba, tais como Hamilton, Fedato, Carazzai, Bequinha, Nico, Guimarães, China, Oda, Ivo e Duílio.
Paulo Vecchio
Paulo Vecchio morreu no dia 17 de fevereiro, aos 80 anos, depois de não resistir a uma parada cardiorrespiratória. Natural de Porto Alegre, ele defendeu o Internacional e o São Paulo, e jogou no Coritiba entre 1968 e 1972. Vecchio desembarcou no Paraná em 1962, quando passou a defender o Londrina, conquistando o Estadual no mesmo ano. Depois, entre 1964 e 1967, jogou pelo Ferroviário (um dos clubes que deu origem ao Paraná), onde levantou o bicampeonato em 1965 e 1966.
Just Fontaine
Maior artilheiro em uma edição de Copa, o francês Just Fontaine faleceu no dia 1º de março, aos 89 anos. Quando jogador, ele deteve o recorde mais gols marcados em uma única edição de Copa do Mundo, com 13 gols no Mundial de 1958. Fontaine foi revelado pelo Reims, onde atuou na maior parte da carreira.
Lauri Pick
Vice-presidente do Athletico, Lauri Pick morreu aos 70 anos no dia 20 de março. Empresário, ele ocupou vários cargos no clube em diferentes mandatos a partir de 2008, quando foi eleito conselheiro. Em 2011, foi membro do Conselho Administrativo no retorno de Mario Celso Petraglia ao Furacão. Depois, em 2015, foi eleito vice-presidente na gestão de Luiz Sallim Emed. Na eleição seguinte, em 2019, passou a ser 2º vice de Petraglia.
Rinaldo
O ex-jogador Rinaldo faleceu no dia 6 de abril, aos 82 anos, na região do Recife. Com passagens por Coritiba, Náutico, Palmeiras, Fluminense e seleção brasileira, o ex-atleta sofria de uma grave anemia. Natural de Pernambuco, Rinaldo foi revelado pelo Timbu e fez parte da Primeira Academia do Palmeiras, na década de 60, chegando a jogar com ídolos do Porco, como Dudu e Ademir da Guia. O bom desempenho no clube paulista o levou à seleção brasileira. Com a amarelinha, Rinaldo disputou 11 jogos e marcou cinco gols.
Gil de Ferran
O ex-piloto brasileiro que fez sucesso no automobilismo entre as décadas de 1990 e 2000, com conquistas como as 500 Milhas de Indianápolis e o bicampeonato da CART, (atual Fórmula Indy), faleceu no último dia 29 de dezembro, aos 56 anos de idade. Ele sofreu uma parada cardíaca enquanto pilotava no circuito do Concours Club, um clube privado localizado na cidade americana de Opa-Locka, na Flórida.
Gil Rocha
Um dos grandes nomes do jornalismo paranaense, Gil Rocha nos deixou no dia 1º de julho, aos 63 anos, vítima de uma parada cardíaca. Natural de Siqueira Campos, interior do Paraná, Gilberto Rocha Manuel atuou em diversas funções, como repórter, apresentador, comentarista e gerente de esportes. Também trabalhou para o SporTV, no canal de pay-per-view Premiere, foi ainda colaborador da Rádio Paiquerê, em Londrina, e cobriu quatro Copas do Mundo, entre elas o Mundial nos Estados Unidos, em 1994, tetracampeonato da seleção brasileira.
Palhinha
Jogador que vestiu camisas como Corinthians, Cruzeiro e Atlético-MG, Palhinha morreu no dia 17 de julho, aos 73 anos, em Belo Horizonte. O ex-atacante Vanderlei Eustáquio de Oliveira, um grande goleador e que ajudou o time paulista a acabar com o jejum de títulos de 22 anos, não resistiu a uma infecção.
Walewska
Campeã olímpica com a seleção brasileira de vôlei, Walewska Moreira de Oliveira morreu aos 43 anos no dia 22 de setembro, em São Paulo. Natural de Belo Horizonte, Walewska estava aposentada das quadras desde o fim da temporada 2021/22 e colecionou títulos durante a carreira. O mais importante foi a medalha de ouro nos Jogos de Pequim, em 2008. A central também tinha um bronze na Olimpíada Sydney, em 2000. Ela também atuou pelo Praia Clube, onde ajudou na conquista da Superliga inédita de 2017/2018, e por Osasco e São Caetano, além do Rexona Ades, de Curitiba, entre 1998 e 2003, comandada por Bernardinho.
Sir Bobby Charlton
Ídolo do Manchester United e campeão do mundo com Inglaterra em 1966, Sir Bobby Charlton faleceu em 21 de outubro. Cria das categorias de base do Manchester United, ele chegou ao time profissional em 1954, conquistando o seu primeiro título do Campeonato Inglês em sua segunda temporada pelo clube. Foram 758 jogos e 249 gols marcados. Ficou no Manchester United de 1954 até 1973. Neste período, foi tetracampeão do Campeonato Inglês. Conquistou também quatro títulos da Supercopa da Inglaterra, um da Copa da Inglaterra, e uma Liga dos Campeões, na temporada 1967/68.
Gilson Perini
Gilson Perini, ex-diretor do Pinheiros, um dos clubes que deu origem ao Paraná Clube, faleceu no dia 17 de novembro, aos 69 anos. Ele estava internado no Hospital das Nações, em Curitiba, onde teve o agravamento de complicações decorrentes de um antigo acidente de carro. Além de diretor do extinto clube, Perini foi dono de uma das maiores empresas do ramo alimentício do estado, a Bocatto.
Rubens Minelli
O ex-treinador Rubens Minelli morreu no dia 23 de novembro, aos 94 anos. Ele fez história no futebol paranaense e brasileiro, conquistou o pentacampeonato estadual do Paraná Clube, em 1997, e alcançou quatro títulos brasileiros com Palmeiras, Internacional e São Paulo. Chegou na capital paranaense em 1990, sendo o primeiro técnico da história do Paraná. Foram três passagens pelo Tricolor. Logo na primeira, conquistou uma vaga na Série B do Campeonato Brasileiro de 1991. Nas passagens seguintes, em 1994 e 1997, conquistou os títulos do Paranaense, sendo peça fundamental para o pentacampeonato estadual. Além dos grandes feitos no Tricolor, também passou pelo Coritiba, em 1997, e foi dirigente do Athletico, em 1998.