Retrospectiva 2021: os personagens do esporte que nos deixaram
Assinalado pelo segundo ano de pandemia do novo coronavírus, 2021 marcou a despedida de grandes esportistas e figuras ligadas ao mundo do esporte. Relembre as principais perdas.
Cléber Arado
2021 começou com a dura notícia da morte do ídolo do Coritiba. O ex-atacante morreu no dia 2 de janeiro, aos 48 anos, vítima de complicações causadas pela Covid-19.
Natural de São José do Rio Preto-SP, Arado jogou no Coxa entre 1997 e 2000, com 45 gols em 85 partidas.
Alex Apolinário
O jovem futebolista brasileiro morreu em 7 de janeiro, aos 24 anos, quatro dias após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante uma partida do Alverca, clube que defendia na terceira divisão de Portugal.
Natural de Ribeirão Preto-SP, Alex foi revelado pelo Cruzeiro e também atuou no Athletico em 2018.
Nilson Borges
Em 3 de fevereiro, morreu o ídolo do Athletico, Nilson Borges, aos 79 anos, em decorrência de um quadro de insuficiência cardíaca. Ex-jogador e auxiliar-técnico, o Bocão, como era conhecido, foi ligado ao Furacão por mais de 50 anos. Borges defendeu o Athletico como atleta entre o final dos anos 60 e o início dos 70.
Além do Rubro-Negro, Nilson atuou
por Portuguesa, Corinthians, Bahia, entre outros clubes. Interrompeu a carreira
aos 33 anos, em virtude de uma lesão grave. Pelo Athletico, foi campeão do
Estadual de 1970.
Lula Pereira
Em 7 de fevereiro, morreu o ex-jogador e técnico, Lula Pereira. Ele foi vitima de problemas cardíacos e estava com a saúde debilitada após sofrer um AVC, um ano antes.
Como zagueiro, Lula se destacou por Sport, Santa Cruz e Ceará, onde virou ídolo. Como técnico, também obteve destaque pelo Vozão, tendo também conquistado títulos por América-MG e Figueirense.
Gilmar Fubá
Campeão mundial e brasileiro pelo Corinthians, o ex-volante morreu em 15 de março, aos 45 anos, vítima de um câncer. Desde 2016, ele fazia tratamento contra um mieloma múltiplo, um tipo de câncer de medula óssea.
Paulo Stein
Morreu em 27 de março o jornalista esportivo e narrador Paulo Stein, aos 73 anos, após não resistir às complicações da Covid-19. O jornalista havia sido internado dias antes, ao apresentar sintomas do novo coronavírus.
Max Mosley
O britânico morreu em 24 de maio, aos 81 anos de idade. Mosley foi presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) entre 1993 e 2009. Figura polêmica no mundo da Fórmula 1, Mosley era advogado de formação.
Januário de Oliveira
Morreu na manhã de 31 de maio o ex-narrador, Januário de Oliveira. Aos 81 anos, ele já sofria com um sério problema de saúde, por conta da diabetes, e não resistiu a uma parada cardíaca, enquanto tratava de pneumonia.
Natural de Alegrete-RS, Januário ficou conhecido por diversos bordões, como "Tá lá um corpo estendido no chão", "Tá aí o que você queria, bola rolando" e "Cruel, muito cruel", entre tantos outros.
Além de ter dado diversos apelidos que ficaram famosos, como Super Ézio, Túlio Maravilha, Sávio, o Anjo Loiro da Gávea, e Valdeir The Flash.
Renato Follador
O presidente do Coritiba morreu em 3 de julho, aos 67 anos, após complicações em decorrência da Covid-19. O engenheiro estava internado no Hospital do Rocio, em Campo Largo. Ele havia assumido o cargo no fim de 2020, ao vencer as últimas eleições do clube com 75% dos votos.
Especialista em previdência privada e com atuações no ramo publicitário, Follador foi atleta do Coritiba, décadas antes de se tornar presidente. Filho do ídolo Renatinho, destaque do Coxa na década de 1950, estreou profissionalmente pelo clube do coração em 12 de abril de 1973, após quatro anos nas categorias de base.
Jogou até 1975, quando não aceitou a renovação de contrato pelo presidente Evangelino da Costa Neves.
Oleg Ostapenko
Ex-técnico da seleção brasileira e de Daiane dos Santos, o ucraniano Oleg Ostapenko morreu em 3 de julho, aos 76 anos, em Kiev.
O lendário treinador estava internado em estado crítico por conta de graves problemas renais e nos pulmões. Oleg foi treinador da seleção ucraniana, antes de vir ao Brasil, entre 1992 e 2001, para revolucionar o esporte no país.
Rui Gottardi
Morreu em 14 de julho o ex-jogador Rui Gottardi, em Curitiba, aos 93 anos. Rui é um dos maiores ídolos da história do Athletico e foi o meia-direita do esquadrão do Furacão de 1949. Ele jogou pelo Rubro-Negro entre 1948 e 1952.
O "Garoto de Ouro" era de uma família de ídolos do Athletico. Ele era filho de Alberto Gottardi, goleiro nos 1920 e 1930 e sobrinho de Alfredo Gottardi, o Caju, um dos maiores goleiros da história do clube e que dá o nome ao Centro de Treinamento do Furacão.
Alberto Dualib
Ex-presidente do Corinthians, Dualib morreu em 14 de julho, aos 101 anos, deixando três filhos, além de netos e bisnetos. Ele presidiu o clube paulista durante 14 anos, entre 1993 e 2007.
Gerd Müller
Em 15 de agosto, o lendário ex-atacante da seleção alemã e do Bayern de Munique morreu aos 75 anos. Ele sofria de Alzheimer.
Müller é um dos maiores artilheiros da história das Copas, com 14 gols marcados nas edições de 1970 e 74. Goleador, anotou 68 gols em 62 jogos pela seleção, conquistando a Eurocopa de 1972 e a Copa do Mundo de 1974.
Barcímio Sicupira
Morreu em 7 de novembro Barcímio Sicupira Júnior, maior artilheiro da história do Athletico, com 158 gols, lenda do futebol paranaense. O ex-jogador e comentarista de rádio havia feito recentemente uma cirurgia de pulmão e estava ao lado dos familiares, em Curitiba.
Os 158 gols pelo Furacão o colocam como o maior artilheiro do clube e considerado por muitos como o maior jogador da história. Nascido na Lapa no dia 10 de maio de 1944, Sicupira é o eterno camisa 8.
Riuler
Ex-jogador das categorias de base de Coritiba e Athletico, o volante morreu dia 23 de novembro, aos 23 anos, vítima de um infarto durante uma partida de futebol no Japão. Ele defendia o Shonan Belmare, da primeira divisão do país.
Ian Matos
O saltador olímpico morreu aos 32 anos, dia 21 de dezembro, vítima de uma parada cardiorrespiratória ocorrida após uma internação para tratar de uma infecção na garganta.
A bactéria desceu para o esôfago e, depois, para o pulmão. Participou de três Jogos Pan-Americanos, dois Mundiais, uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.
Dorval
Um dos maiores ídolos da história do Santos, o ex-atacante Dorval morreu em 26 de dezembro, aos 86 anos de idade.
Ele estava internado na Casa de Saúde de Santos "com quadro clínico delicado, com muita tosse", de acordo com comunicado do próprio clube. Dorval também defendeu o Athletico e foi campeão pelo clube em 1970, do Estadual.
Hugo Maradona
Irmão mais novo do ídolo Diego, Hugo Maradona morreu em 28 de dezembro, aos 52 anos.
De acordo com a imprensa italiana, ele sofreu um ataque cardíaco em sua casa, nos arredores de Nápoles. A morte foi confirmada pelo próprio Napoli, onde o irmão mais velho foi craque e ídolo.