Por que Libertadores terá VAR remoto somente em jogos no Brasil e Argentina
A Conmebol vai testar o VAR em cabine remota nas Copas Libertadores e Sul-Americana em 2023. Mas com uma particularidade: somente em partidas realizadas no Brasil e na Argentina. A confederação sul-americana montou um centro tecnológico de arbitragem, chamado de Ceta, em sua sede na cidade de Luque, no Paraguai, com a estrutura para as salas do árbitro de vídeo.
Iniciar o processo do VAR em cabine remota, ou seja, fora dos estádios onde acontecem as partidas por Brasil e Argentina tem explicação técnica: os cabos de fibra óptica necessários para que as imagens cheguem em tempo real a Luque estão hoje mais presentes nos dois países. A ideia da Conmebol é que em alguns anos a facilidade seja aplicada em todos, ou quase todos, os confrontos.
Como estará em fase de testes, todos os jogos em que a cabine remota for usada terá também profissionais do VAR e toda a aparelhagem montada nos estádios, como já é feito hoje, para o caso de ocorrer algum problema técnico. A princípio o árbitro de campo estará em contato pelos fones com os profissionais em Luque, mas isso pode mudar durante o confronto caso seja necessário.
A direção da Conmebol avalia se já será possível iniciar os testes na "pré" Libertadores, como são conhecidas no Brasil as três primeiras fases da competição. Fortaleza e Atlético-MG jogarão no início de março como mandantes, respectivamente contra Deportivo Maldonado (URU) e Carabobo (VEN), pela segunda etapa, e o Huracán, da Argentina, enfrentará rival a ser definido ainda.
Na fase de grupos da Libertadores e da Sul-Americana, que começa em abril, os testes serão intensificados. Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Inter, Fluminense e Athletico estão classificados diretamente para os grupos da Libertadores e São Paulo, Santos, Botafogo, Goiás, Bragantino e América-MG para a Sul-Americana.