Polícia encontra digitais e DNA em boneco enforcado de Vinicius Júnior
Fontes da polícia de Madri revelaram nesta quinta-feira (2) que foram encontradas impressões digitais e traços de DNA no boneco que foi pendurado enforcado com uma camiseta do jogador brasileiro Vinicius Júnior em uma ponte de Madri há uma semana.
Além desses traços, a investigação informou ter achado imagens de veículos suspeitos, assim como as placas desses carros, por meio das câmeras de tráfego da região. A polícia, no entanto, afirmou à Folha de S.Paulo que ainda não há detidos.
Fecha-se assim o cerco aos autores do gesto racista. Diversas entidades esportivas na Espanha se manifestaram na ocasião condenando o ato, como o Real Madrid, time de Vinicius Jr., o Atlético de Madrid, clube contra o qual ele jogou naquela noite, a La Liga, que organiza o campeonato espanhol, e a Federação Espanhola de Futebol.
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Além do boneco negro simulando o enforcamento do jogador, havia uma faixa vermelha com a inscrição "Madrid odeia o Real". O crime provavelmente foi perpetrado por torcedores do clube rival Atlético de Madrid.
Segundo o Atlético, "fatos como esse são absolutamente repugnantes e inadmissíveis e constrangem a sociedade. A rivalidade entre os dois clubes é máxima, mas o respeito também. (...) Desconhecemos o autor ou autores desse ato desprezível, mas o anonimato não isenta sua responsabilidade. Esperamos que as autoridades possam esclarecer o ocorrido e que a justiça ajude a banir esse tipo de comportamento".
As descobertas da polícia fazem parte de um esforço de diversas entidades que foram reunidas nesta segunda (30) pela Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte.
Ligada ao Ministério de Cultura e Esporte da Espanha, a comissão anunciou que o caso de Vinicius Júnior transcende o campo administrativo e adentra o campo penal.
Na segunda, a comissão já havia informado que "trabalha-se, entre outras linhas de investigação, na visualização das câmeras de vigilância do trânsito da zona, bem como das imagens publicadas nas redes sociais para descobrir os autores destes atos desprezíveis de caráter racista, xenófobo e intolerante".