Mercado da Bola: quem chegou, quem saiu, as contratações no futebol brasileiro em 2021
O Mercado da Bola está quente com a nova temporada do futebol brasileiro, em 2021. Negociações, sondagens, contratações, vendas, você acompanha todos os detalhes de Athletico, Coritiba e Paraná e os clubes que vão disputar a Série A.
Quem chegou para o seu time, quem saiu para outra equipe, quem renovou contrato, quem está na mira do seu clube, aquele jogador que pode sair ou até mesmo ampliar o vínculo e, ainda, quem voltou de empréstimo.
Você pode filtrar o vai e vem do Mercado da Bola por time ou por status da negociação. O monitoramento é feito em tempo real e leva em consideração a confirmação do clube para decretar a contratação de forma oficial.
A seleção do gráfico abaixo pode ser por clube ou status da negociação:
Confira também as principais notícias sobre futebol e mercado da bola!
Fifa revela que Brasil lidera ranking de vendas de jogadores pelo mundo em 2020
Por Raphael Ramos - Estadão Conteúdo
Relatório da Fifa sobre operações de compra e venda de jogadores
realizadas em 2020 confirma o Brasil como principal fornecedor de mão de
obra no mercado mundial do futebol mesmo em meio à pandemia. No ano
passado, foram 2.008 transações envolvendo atletas brasileiros. O número
é mais do que o dobro do que o segundo país no ranking, a Argentina,
com 899 negociações de seus atletas.
Segundo o relatório da Fifa, em 2020 foram registradas 17.077
transferências em todo o mundo, uma redução de 5,4% em relação a 2019
(18.047), devido à covid-19. Foi a primeira queda em dez anos, mas,
ainda assim, os números de 2020 foram superiores aos de 2018 (16.547).
As transações envolvendo jogadores brasileiros foram também as que mais
movimentaram dinheiro em todo o mundo: US$ 734 milhões (R$ 4 bilhões).
Em seguida, estão os atletas espanhóis com US$ 612 milhões (R$ 3,5
bilhões).
A maior transação envolvendo um jogador brasileiro em 2020 foi a venda
do volante Arthur do Barcelona para a Juventus por US$ 85 milhões (R$
464 milhões). O que chama atenção é que dois anos antes o clube catalão
havia pago ao Grêmio US$ 48 milhões (R$ 262 milhões) pelo jogador. Ou
seja, houve valorização de quase 90%.
"Jogador brasileiro é commodity. Fazendo uma comparação, é como vender
minério de ferro para os europeus transformarem em aço. Você vende um
jogador por R$ 10 milhões e dois anos depois eles revendem por R$ 80
milhões. Os europeus já aprenderam que, se você detecta um talento aqui
no Brasil e o aperfeiçoa, pode lucrar muito em um curto prazo", analisa
Marcelo Robalinho, empresário de mais de 60 jogadores de 15 países.
Jorge Machado, agente que intermediou a venda de Arthur para o
Barcelona, entre outros negócios, destaca a dimensão do mercado
brasileiro em comparação com os outros centros do futebol mundial. "O
jogador brasileiro, além de ser bom e barato, tem em muita quantidade.
Aqui tem muita opção. Vejam o caso do Marinho, do Santos. É hoje, para
mim, o melhor jogador do Brasil e só foi atingir esse nível aos 30 anos.
Só no Brasil tem esse tipo de situação", diz.
O calendário é outro fator que favorece a exportação de jogadores. Os
campeonatos estaduais, disputados no primeiro semestre, têm milhares de
jogadores vinculados a centenas de clubes de todo o País. Mas, no
segundo semestre, as opções de trabalho se restringem basicamente a 60
times com calendário fixo nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro.
"Muitos atletas não têm espaço aqui e, por isso, buscam uma carreira no
exterior. Em muitos casos, esse tipo de transação é, na verdade, a sobra
que o mercado interno não consegue absorver", diz o empresário Jorge
Moraes, presidente da Associação Brasileira de Agentes de Futebol.
Grande parte dessas transferências tem como destino Portugal. Com 274
transações registradas ano passado pela Fifa, o país é a principal porta
de entrada dos atletas brasileiros no mercado europeu. No ano passado, a
contratação de maior destaque entre os dois países foi Everton
Cebolinha, que trocou o Grêmio pelo Benfica.
NATURALIZAÇÃO - Outro movimento que se tem observado é o de jogadores
brasileiros que estão saindo do País para defender outras seleções. "Nos
últimos anos, temos um crescimento na exportação de jogadores
argentinos, colombianos e até venezuelanos, mas a preferência continua
sendo pelo brasileiro. Tem país, inclusive, que compra jogador
brasileiro já pensando em naturalizá-lo", diz Moraes.
De olho em uma vaga na Copa do Mundo de 2022, os Emirados Árabes Unidos,
por exemplo, iniciaram um mutirão para naturalizar estrangeiros e a
seleção local já conta com o meia Fábio Lima e o atacante Caio Canedo,
atletas sem destaque no Brasil, mas que possuem status de estrelas no
país árabe.
A China fez o mesmo em 2019. Os brasileiros Aloísio, Ricardo Goulart,
Elkeson, Alan e Fernandinho aceitaram se naturalizar, adotaram nomes em
mandarim e renunciaram à cidadania brasileira, já que a China não admite
dupla nacionalidade.