Jogadores iniciam greve por tempo indeterminado no Uruguai
A Associação Uruguaia de Jogadores de Futebol Profissionais (MUFP, na sigla em espanhol) decidiu entrar em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (7), após os clubes não terem votado a favor da reforma do estatuto do jogador.
Na reunião do Conselho da Liga, realizada na quarta-feira (6), na sede da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), as equipes votaram uma moção apresentada no início do dia que apoiava o trabalho da comissão encarregada de trabalhar na questão e pedia para que continuasse a negociar, "reiterando a vontade dos clubes de chegar a um acordo".
A não aceitação da reforma levou a MUFP a decidir entrar em greve.
"Diante do resultado do Conselho da Liga Profissional realizado ontem, não tendo sido considerada a aprovação do texto acordado da reforma do Estatuto do Futebolista Profissional e tendo expirado todos os prazos acordados, resolvemos: parar a atividade oficial", declara um comunicado emitido pelo sindicato.
A reforma visa, entre outros objetivos, conseguir um aumento do salário mínimo para os jogadores da segunda divisão profissional.
Na semana passada, a MUFP realizou uma assembleia geral extraordinária que, no segundo dos cinco pontos da ordem do dia, abordou a questão dos estatutos, as suas alterações e as possíveis medidas a serem adotadas.
Nesse dia, o vice-presidente do sindicato, Sergio Pérez, explicou à Agência EFE que, em 2021, os jogadores apresentaram uma reforma do acordo coletivo que regula a relação trabalhista entre clubes e atletas e que, desde então, têm trabalhado no assunto.
Pérez acrescentou que a comissão encarregada do assunto elaborou um documento acordado entre o sindicato, a AUF e as equipes, que posteriormente não foi aprovado pela Assembleia de Clubes.
O dirigente disse que, à época, os jogadores puderam tomar medidas, mas que assinaram um acordo com a AUF sobre um dos pontos que mais interessava: o aumento do salário mínimo para os jogadores da segunda divisão.
De acordo com Pérez, esse acordo permitiu que os jogadores recebessem um salário maior enquanto o sindicato continuava a negociar o acordo coletivo com os clubes.