Presidente de clube, ídolo do Coritiba fará estreia fora de campo contra o Paraná
Ídolo do Coritiba, time que representou em 192 partidas, o zagueiro Henrique vai fazer sua estreia fora dos campos, agora como presidente do Nacional-PR, contra o antigo rival Paraná Clube.
Fundado em Rolândia, a equipe agora representa a cidade de Campo Mourão. O Nacional-PR voltou à Segunda Divisão do Paranaense neste ano e vai abrir a Série Prata neste sábado (4) contra o Tricolor, às 16h, na Ligga Arena.
Henrique, que aos 37 anos afirma ainda não ter pendurado as chuteiras, conversou com o UmDois Esportes sobre a nova fase na carreira, que assumiu oficialmente em abril deste ano.
Veja a entrevista com Henrique
Como a proposta de se tornar o presidente do Nacional-PR aconteceu e como está sendo esse período?
Eu já vinha acompanhando o Nacional-PR há algum tempo. O meu sócio também conhece há algum tempo. A gente vinha conversando e eu acompanhei ano passado a Terceira Divisão [do Paranaense]. Em janeiro, fechamos o acordo para fazer esse projeto. Não foi do dia para a noite e estamos juntos nessa história do Nacional-PR.
Foi bem rápida essa transição, faz pouco tempo que estou nesse outro lado, de fora de campo. Está sendo bem corrido nesse início, mas aos poucos as coisas vão se ajeitando.
Você nasceu em Marechal Cândido Rondon, interior do Paraná. Como é trabalhar com um clube que também é do interior?
Eu saí de Marechal com três anos de idade. Todo ano vou lá visitar meus avós. Tenho bastante parentes por lá. Quando eu tinha três anos, meus pais vieram para Colombo, onde morei minha infância toda. Agora com esse projeto no Nacional, eu já sabia da importância que seria estar próximo, dessa vivência que tenho. E assim que tivemos a proposta de levar o time para Campo Mourão, nós não pensamos duas vezes. Para nós foi muito interessante. Até mesmo porque eu conheço a cidade, tive experiências jogando lá. Sei como a população e a torcida é. A festa e paixão que eles têm não só pelo futebol, mas pelo esporte. Vejo com bons olhos nossa ida para lá para dar start ao projeto e amadurecer as raízes.
Como é para você, que fez história pelo Coritiba, ter o seu time estreando contra o Paraná, na Ligga Arena?
Interessante isso. Eu que joguei muito contra o Paraná, até nas categorias de base, joguei muitos clássicos e agora a estreia é do lado de fora do campo, o que é bem mais difícil (risos).
Estrear essa nova fase da vida contra o Paraná Clube é muito prazeroso. Sabemos da dificuldade que vamos enfrentar diante do Tricolor, com toda essa situação envolvida com torcida, que está abraçando. Sabemos da força que eles têm. Para mim vai ser muito interessante essa experiência nova. Eu estarei lá [na Ligga Arena] e tomara que a gente faça um grande trabalho.
O Nacional-PR subiu para a Segunda Divisão do Paranaense neste ano. Quais os objetivos do clube na temporada na Divisão de Acesso?
Diante da mudança de cidade, de criarmos nossas raizes em Campo Mourão, de todo o apoio que a prefeitura e a população está nos dando, a gente está muito feliz com esse acolhimento. A gente sabe da dificuldade que vai ser essa Série B do Paranaense. Montamos um time com algumas peças importante para nós, que estavam com a gente no acesso do ano passado. Trouxemos outros jogadores que estão para vir, que estão ainda em campeonato.
A gente tem um pensamento bem claro de querer o acesso. Sabemos que vai ser bem disputado, mas temos totais condições de buscá-lo. Esse é o nosso objetivo.
No longo prazo, como você vê o Nacional-PR? O clube esteve na Série D do Brasileirão em 2020. Sonha com um retorno?
A gente sabe que o futebol não é do dia para a noite. Tem que ter um projeto a longo prazo. Claro, tudo pode acontecer no futebol, mas temos que ter o pé no chão e saber da importância que é representar Campo Mourão. É importante fazer um grande trabalho dentro e fora de campo.
A gente tem um projeto bem interessante a longo prazo, sempre acreditando e buscando melhorar. Visamos nosso tão sonhado acesso à Primeira Divisão do Paranense. Não podemos pular etapas, claro, mas sonhamos em chegar à Série D. É um projeto e vamos correr atrás disso e levar a cidade da Campo Mourão para o cenário nacional.
A partir de agora dá para dizer que você pendurou as chuteiras?
Estou em uma transição. Não pendurei ainda as chuteiras. Às vezes as coisas podem acontecer rápido ou a longo prazo. Mas ainda não aposentei as chuteiras e também não pretendo voltar a jogar. Estou nessa transição e o que for pra ser melhor, vai acontecer. Não pendurei, mas ainda não decidi.