FPF entra com pedido de liminar contra a prefeitura de Curitiba para liberar jogos
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) entrou com um mandado de segurança, na última quarta-feira (10), para a realização do Campeonato Paranaense em Curitiba.
Na terça-feira (9), quando a prefeitura da capital anunciou o novo decreto no combate à pandemia do coronavírus, uma das proibições foi a disputa do futebol profissional na cidade. Após essa decisão, a FPF entrou com uma ação para reverter a situação.
Entre os vários pontos destacados pela entidade que rege o futebol no estado está o argumento de que se o campeonato for adiado por muito tempo, haverá um prejuízo financeiro para os clubes sem divisão nacional e que disputam apenas o Paranaense, e também dos próprios jogadores, que na sequência ficariam desempregado, uma vez que os elencos dos demais times Brasil afora já estariam fechados.
Outra situação foi o fato de que o futebol foi a atividade que mais testou pessoas ao longo da pandemia, diminuindo a propagação do vírus. Além disso, reforçou que o protocolo de jogos foi aprovado duas vezes pela secretaria de Saúde do Estado.
"o Estado do Paraná PERMITIU que o desporto profissional, especialmente ao futebol profissional e Campeonato Paranaense de Futebol Profissional da Primeira Divisão, a realização de seus jogos SOB UM RIGOROSO PROTOCOLO DE SAÚDE, denominado “PROTOCOLO DE JOGO DA FPF / COVID-19”7, o qual foi acatado pela Secretaria de Saúde através dos Ofícios n°s 978/2020/GS/SESA DE 8 de maio de 2020", lembra parte do ofício.
"A Secretaria de Saúde do Paraná no dia 26 de fevereiro de 2021 através do Ofício n° 553/2021/GS/SESA manteve a validade dos Ofícios anteriores em vista do rigoroso protocolo de saúde apresentado pela impetrante. Observe-se que mesmo após a publicação do Decreto Estadual que ampliou as restrições, não houve determinação em contrário por parte do Estado do Paraná", diz outra parte da ação.
FPF alega incoerência nas determinações da prefeitura
Mas o principal argumento da medida é que entre as liberações do decreto da prefeitura estão o funcionamento de algumas atividades não essenciais, como academias de ginástica, em espaços fechados e sem a testagem devida para a prática de exercícios.
"No caso, o contrassenso das impetrantes são tão grandes que liberam a abertura de academias de ginástica, sem qualquer restrição de capacidade de pessoas, e ainda em um horário após o limite de circulação de pessoas em espaços e vias públicas, e principalmente, um ambiente em que absolutamente nenhuma pessoa dentro dela possui testagem para a doença", acrescenta.
Desta forma, a FPF requer a liberação da disputa do Paranaense, seguindo os protocolos. O mandado de segurança foi registrado no dia 10 e a prefeitura de Curitiba já foi notificada, mas ainda não foi intimada, tendo, depois disso, até 72 horas para se manifestar.