“É um marco no nosso projeto”, diz presidente do Maringá sobre final contra o Coxa
"Nós entramos no Paranaense focados em conseguir uma vaga na Série D e na Copa do Brasil. Nosso projeto era esse", revela o jovem presidente João Vitor Mazzer, 35 anos, que assumiu o clube em 2020, mas desde 2016 atua nos bastidores do Maringá.
Mas o Dogão conseguiu mais e está em sua segunda final do Paranaense na história. E não foi por acaso.
O time tem a segunda melhor campanha geral, está invicto e sem levar gols no Willie Davids. Por isso, o primeiro jogo é dado como fundamental para levar uma vantagem em busca do título inédito.
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"Para nós já é uma grande realização, é a segunda vez na história do Maringá e a primeira desde que assumimos a gestão. Estamos muito felizes e a cidade está bem envolvida com o time. Todas as camisas vendidas, os ingressos todos esgotados, a cidade está maluca com o time. Realmente, é uma transformação, significa muito mais que uma final, é um marco no nosso projeto", declara.
Presidente do Maringá admite favoritismo do Coritiba
A partida de ida contra o Coritiba está marcada para às 20h desta quarta-feira (30). Mazzer admite que o clube da capital é favorito no confronto e que o Maringá precisará ser forte em casa para evitar deixar a decisão para o Couto Pereira.
"A gente tem plena consciência que o favorito na final é o Coxa, que é um maiores times do Brasil e ainda mais agora que voltou à primeira divisão muito mais. Nós jogamos recentemente no Couto e vimos dificuldade que é jogar lá, a torcida é muito forte e isso se reflete em campo. Nós estamos acreditando muito nesse jogo em casa", confia.
Mas o time que saiu da segunda divisão estadual para ser um time de calendário completo em 2023 comprova que planejamento dá certo. O técnico Jorge Castilho está no clube desde 2020 e a base da equipe é de temporadas passadas.
Nomes como Mirandinha, Parrudo, Felipe Saraiva e Alemão são velhos conhecidos. Junto deles, o clube contratou bem para 2022. Trouxe, por exemplo, o goleiro Dheimison, destaque do campeonato na posição.
"O clube não chegou na final por acaso. Isso é uma construção dos últimos cinco anos. Entramos com um trabalho novo em 2020 quando jogamos a segunda divisão e de lá para cá a gente vem mantendo uma base de pensamento, de formação. Esse ano nós mantivemos uma base de atletas, tivemos cinco ou seis titulares que já estavam com a gente no ano passado e isso deu uma boa base, tivemos que repor só algumas peças. E no ano que vem a ideia é fazer a mesma coisa", conta João Vitor.
"Nós já estamos negociando atletas para empréstimos para que eles tenham calendário para trabalhar agora no segundo semestre, cada um com seu mercado. A ideia é que os jogadores que não forem negociados, que a gente mantenha para ano que vem para ser a nossa base e com a vantagem de ser um time de calendário completo, sem a preocupação de contratar e depois ter que se desfazer do jogador por empréstimo", explica.
Com uma folha salarial de pouco mais de R$ 150 mil, o clube quer praticamente dobrar o investimento agora com calendário completo no ano que vem.
"Desde o dia em que classificou, nós já tivemos a assembleia e já apresentamos o orçamento de 2023, porque já tínhamos isso pronto. Não teve ainda a aprovação em Conselho, mas todo mundo já sabe quanto vai custar, quanto vamos ter que buscar de patrocínio. Hoje, nossa folha é de pouco mais de R$ 150 mil e nosso objetivo é dobrar para a próxima temporada", projeta o presidente do Maringá.
De olho na SAF
Se em campo as coisas têm dado certo, fora dele o Maringá também tem se movimentado para seguir a tendência da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A diretoria tem um projeto estruturado para dar entrada na modalidade e buscar investidores. Orgulho da Cidade Canção, o foco do clube é olhar para investidores locais.
"Desde que eu entrei, nós viemos já colocando essa filosofia da SAF. É um assunto antigo, mas já acompanhamos ele desde que é um projeto de lei e a gente vem estruturando o Maringá neste sentido. Nós já temos tudo organizado, mas ainda não entramos com o pedido. Vamos esperar acabar o campeonato, vamos agilizar isso no mês de abril. Ela está montada, mas com olhar voltado para os investidores locais. Claro que com o projeto pronto, abre a possibilidade de outros investidores de fora", explica Mazzer.
Arena Willie Davids?
Nos últimos dias, algumas imagens do Willie Davids remodelado ao estilo "Arena" circularam pelas redes sociais e em grupos relacionados ao clube. João Vitor Mazzer garante que é apenas um projeto de TCC feito por uma torcedora arquiteta. Mas a modernização do estádio, por enquanto, ainda não saiu do papel.
"Nós já tivemos alguns projetos aprovados, também trouxemos uma empresa que trabalhou no Pacaembu. Mas a concessão do estádio é da Prefeitura. É uma situação viável. Uma Arena Multiuso com 20 mil lugares, por exemplo, seria ideal. Nosso estádio é da década de 70, falta muita coisa. A própria Prefeitura vai fazer um eixo que vai sair da Catedral até o Willie Davids. Mas por enquanto a Arena é apenas um sonho", finalizou.