O desafio das equipes no confuso calendário do futebol brasileiro
A seleção brasileira cumpre mais uma etapa nas Eliminatórias da Copa do Mundo nesta terça-feira (17), com o Uruguai, em Montevidéu, mas voltará à ativa no mês que vem. Com o acúmulo de torneios disputados, concomitantemente, os principais times do país começam a emitir esgotamento físico e mental de diversos jogadores.
É grande o desafio das equipes no confuso calendário do futebol brasileiro. E não vai mudar enquanto o principal campeonato – o Brasileirão – continuar subordinado a perda de três meses reservados para os anacrônicos e deficitários campeonatos estaduais.
Um campeonato nacional consistente, com vinte clubes em cada série, exigiria trinta e oito semanas. Só assim poderia ser jogado com excelência técnica pelo sistema de pontos corridos, com partidas apenas nos fins de semana.
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Teríamos um campeonato dominando o calendário, destinando os meios da semana para jogos da Copa do Brasil, Libertadores da América e Sul-Americana. Teríamos tudo no lugar certo. Como se faz em todo o mundo. Dois jogos por semana, com tempo suficiente para treinamento adequado das equipes. Tanto físico, como técnico.
Com tempo para recuperação do desgaste físico e emocional resultante dos deslocamentos aéreos. Mas, agora, com a Fifa tomando conta com a ocupação maior de datas, as coisas se complicaram.
Em vez de ajudar, essa paralisação de uma semana sem jogos para os times, muda completamente a programação e a retomada nem sempre atende as necessidades básicas dos profissionais para apresentar bom rendimento em campo.
Mas é o que temos para o momento e só resta tentar a superação à partir da próxima rodada. E isso implica em boas apresentações do Coritiba, que recebe o Cuiabá, e do Athletico, que visita o Grêmio.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
