Daniel Alves vai receber 1,2 milhão de euros da Receita espanhola
O ex-jogador Daniel Alves, condenado nesta semana a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma jovem em uma boate em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022, vai receber 1,2 milhão de euros de indenização da Fazenda espanhola.
Segundo informações do diário espanhol La Vanguardia, de Barcelona, a indenização decorre de uma disputa que o ex-jogador da seleção brasileira tinha com a Receita daquele país em relação à renovação de seu contrato com a equipe do Barcelona no período de 2013 e 2014. Alves alegava que não deveria declarar à Receita os pagamentos pela intermediação do agente Joaquín Macanás na renovação.
A Justiça espanhola aceitou o recurso de Alves contra o processo aberto pela Fazenda pelo pagamento dos serviços de um agente Fifa.
Defesa quer usar indenização como trunfo
Os advogados do ex-jogador querem que a devolução do valor seja feita imediatamente. Eles pretendem usar o dinheiro como garantia de fiança para solicitar a liberdade provisória de Alves até que a sentença por agressão sexual seja concluída.
Inés Guardiola, advogada que defendeu o ex-jogador no caso de agressão sexual, vai apelar da condenação e deve pedir a sua soltura nos próximos dias, alegando que, como a sentença é menor do que as penas de 9 e 12 anos que o Ministério Público e a acusação particular, respectivamente, pediam, não há mais o risco elevado de fuga.
A advogada quer usar parte da indenização como garantia de que Alves não fugirá. Ela argumenta que seu cliente não tem antecedentes criminais, possui residência em Esplugues de Llobregat (na região de Barcelona) e entregou seu passaporte após ser detido em 20 de janeiro do ano passado.
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Desde a sua detenção, o ex-jogador está com suas contas bancárias congeladas, sem poder movimentá-las. No Brasil, Alves é alvo de um processo judicial aberto por sua ex-mulher, Dinorah Santana, que pede o pagamento de pensão de seus dois filhos. O processo resultou no embargo de todoseu capital.
Por esse motivo Alves recorreu ao pai de seu amigo Neymar para pagar 150 mil euros de responsabilidade civil exigidos pelo tribunal espanhol durante a investigação do caso de estupro. Esse valor serviu como atenuante para reduzir a sentença do ex-jogador.