Daniel Alves perde patrocinadores após acusação de estupro e prisão
Preso provisoriamente sob acusação de agressão sexual, o lateral-direito Daniel Alves já perdeu ao menos três contratos com empresas parceiras. É o que revelam documentos obtidos pelo UOL, que mostram uma ruptura de acordo e duas suspensões provisórias de parcerias.
Daniel Alves é acusado por uma mulher de 23 anos. Os dois estavam na discoteca Sutton, em Barcelona, na madrugada do dia 30 de dezembro. A prisão provisória do jogador aconteceu no dia 20 de janeiro.
+ Daniel Alves preso: veja a cronologia do caso
Naquele mesmo dia, o Pumas - clube pelo qual ele jogava desde julho - anunciou a rescisão do contrato. Segundo o UOL informou em primeira mão, a equipe mexicana reclama uma indenização de R$ 25 milhões (cerca de 5 milhões de dólares) pelo descumprimento de cláusulas do contrato.
As notificações de outras três empresas parceiras chegaram por e-mail dias após a prisão provisória do jogador brasileiro.
+ Daniel Alves: Relembre outros casos de assédio sexual no futebol
HYGIA SAÚDE
Rescindiu o contrato em 24 de janeiro, quatro dias após a prisão de Daniel Alves. E disse: "A notificante, sendo uma empresa que tem como pilar a valorização da mulher, empreendendo esforços para que elas sejam cada vez mais reconhecidas na sociedade, e que, com as soluções ofertadas pela Notificante, possam ter uma vida mais saudável e melhor, não pode sequer cogitar manter a relação contratual com o Notificado.
1xBET (EMPRESA DE APOSTAS)
Enviou um e-mail rescindindo o contrato em 23 de janeiro, três dias depois de a prisão. "Vamos pausar nosso contrato devido à impossibilidade de promover Dani a nosso embaixador. [A pausa será] de janeiro (quando começaram as notícias sobre o caso envolvendo Dani) até o começo de maio (quatro meses no total). Próximos passos: [vamos] preparar um contrato adicional editando os novos termos de contrato [...] Os pagamentos planejados seguindo o contrato principal também vão ser adiados."
ETHIKA (ROUPA ÍNTIMA)
Rescindiu o contrato em 25 de janeiro, cinco dias depois de Daniel Alves ter sido preso. O e-mail disse: "Devido à situação atual de Dani, nos vemos obrigados a pausar o contrato que temos atualmente, até que haja uma resolução da não-culpabilidade do Dani. Isso implica não fazermos nenhum dos pagamentos acordados para este 2023 e os posteriores até que Dani se livre da culpa."
ADIDAS
O contrato de Daniel Alves com a Adidas terminou no fim de 2022 e não foi renovado. Mesmo sem um acordo formal com a empresa de material esportivo, o jogador continuou usando chuteiras da marca nos treinamentos do Pumas.