Biografia de Caio Júnior é lançada em Curitiba: do ídolo ao ser humano
Caio Júnior realizará um sonho póstumo nesta quinta-feira (14), a partir das 17h, na Biblioteca Pública do Paraná, com o lançamento do livro "Caio Júnior – o ídolo, o ser humano e sua inesquecível jornada", do jornalista Adriano Rattmann, assessor de Caio por 13 anos.
Sonho antigo do ex-jogador e treinador, uma das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, em 2016, a obra biográfica retraça os passos da carreira de sucesso de Luiz Carlos Sarolli, desde as quadras de futsal e campinhos em Cascavel, cidade natal, passando pelo sucesso no futebol brasileiro e português, antes do início de uma bem-sucedida trajetória como treinador.
Por suas mais de 300 páginas, o livro mergulha no universo pessoal e profissional de Caio, assim como retrata o panorama do futebol brasileiro no final dos anos 1980, com anedotas e histórias divertidas que escancaram os bastidores do esporte no país em tempos mais românticos, que antecederam a era do futebol como negócio multimilionário.
Durante a leitura, é possível compreender com riqueza de detalhes as qualidades do Caio jogador, assim como a mentalidade do técnico na beira do campo, em passagens que destrincham os esquemas táticos das equipes que treinou e o relacionamento com atletas comandados em equipes como Paraná Clube, Palmeiras, Vitória, Flamengo e, claro, a Chape.
Mas a obra vai muito além do aspecto profissional, e nos permite uma imersão no universo pessoal de seu protagonista, detalhando as batalhas contra a ansiedade e depressão, as dificuldades de adaptação no início de carreira no futebol português e as aventuras no futebol do Japão e Oriente Médio.
A biografia presta justa e sincera homenagem ao treinador que teve a trajetória, que ainda guardava muitos sonhos, como o de treinar a seleção brasileira, interrompida de maneira trágica e angustiante em 26 de novembro de 2016.
Na vitoriosa Chapecoense, que disputaria o título da Sul-Americana na Colômbia, Caio vivia um momento mágico, em paz na vida pessoal e profissional. "Se morresse, morreria feliz, porque tudo que queria, eu consegui na vida", declarou.