As piores contratações de Athletico, Coritiba e Paraná na temporada
Com estratégias distintas, Athletico, Coritiba e Paraná reuniram um fator em comum, em suas gestões, quando o assunto foi mercado da bola: ambos cometeram mais erros do que acertos nas contratações para a temporada que termina em fevereiro deste ano.
As falhas nas análises de reforços resultaram em mudanças nos três clubes. No Furacão, Paulo André, principal nome do departamento de futebol, deixou o clube. Já no Coxa, Rodrigo Pastana foi demitido, enquanto Alex Brasil, no Tricolor, também foi desligado.
O UmDois Esportes listou as três piores contratações de cada time nesta temporada 2020-2021.
Coritiba
1 - Sassá
Contratado para ser a solução do ataque alviverde, Sassá só empolgou o torcedor no momento do empréstimo junto ao Cruzeiro, antes de entrar em campo. Depois, o camisa 9 foi só decepção.
Após lutar para entrar em forma, ganhou sequência no time, marcou gols, mas a péssima postura extracampo, notória marca registrada do jogador, não agradou o técnico Eduardo Barroca.
Sassá perdeu espaço e até voltou a aparecer em jogos importantes no Brasileirão, mas, após a derrota no Atletiba, a relação ficou insustentável.
Após o jogo, foi fotografado em uma festa, em meio à pandemia. Foi a gota d'água para a diretoria encerrar o contrato do atleta, que disputou 18 jogos e marcou apenas quatro gols.
2 - Gabriel
O meia-atacante chegou em janeiro ao clube sob desconfiança. Revelado no Bahia, Gabriel viveu sua melhor fase em 2012, sendo comprado no ano seguinte pelo Flamengo, por cerca de R$ 6 milhões. Este seria o auge de sua carreira.
De lá para cá, viveu momentos de instabilidade. No Coritiba, foi titular em boa parte dos jogos, em 13 dos 18 disputados, e sempre com o respaldo dos treinadores, apesar de ser bastante contestado pela torcida.
Gabriel perdeu espaço com a saída de Jorginho e, no mês de novembro, deixou o clube para acertar com o CSA, do então diretor de futebol Rodrigo Santana, que trouxe ele para o Coxa.
3 - Bryan Lucumi
Vindo da segunda divisão da Colômbia, Bryan Lucumi foi mais um desconhecido a pisar no Alto da Glória, em contratação quase inexplicável que somente poderia ser elucidada pelo ex-presidente, Samir Namur.
A chegada do estrangeiro foi uma decisão do próprio Namur, pois Pastana já havia sido demitido e Paulo Pelaipe estava afastado por Covid-19.
Seu contrato se encerra no término do Brasileirão e não deve deixar nenhuma saudade ao torcedor. Lucumi entrou em campo em apenas três jogos, com 70 minutos jogados pelo clube. Ele entra na história do clube de forma negativa, junto a outros atletas sul-americanos que só "passaram" pelo Coxa.
Athletico
1 - Marquinhos Gabriel
Anunciado como o camisa 10 para a temporada, o meia Marquinhos Gabriel, emprestado até dezembro pelo Cruzeiro, veio com prestígio com Dorival Júnior, técnico rubro-negro no começo do ano.
No entanto, dentro de campo, ele nunca justificou o motivo de ser titular. Atuou por 16 vezes, marcou apenas dois gols e perdeu espaço no meio da temporada, virando alvo da ira da torcida.
Em setembro, o jogador ,que ficou de lado após a demissão de Dorival, pediu a rescisão de contrato com o clube, de forma amigável e retornou ao Cruzeiro, onde também acertou sua saída. Hoje, o atleta está sem clube.
2 - Felipe Aguilar
Grande aposta de Paulo André e a contratação mais cara da história do Athletico, cerca de R$ 10 milhões por 50% dos direitos econômicos, Felipe Aguilar ainda não esteve à altura do alto investimento.
O colombiano, que veio do Santos, chegou com status de substituto de Léo Pereira, negociado com o Flamengo, e de Robson Bambu, que saía para o futebol francês.
Em campo, Aguilar, 27 anos, não se firmou. Titular em poucas partidas, o zagueiro ainda não trouxe segurança para o sistema defensivo rubro-negro e tão pouco agregou nas saídas de bola da equipe, qualidade que, também, o fez chegar ao Furacão. Deixa 2020 com uma impressão negativa.
3 - Jorginho
Contratado para substituir Marquinhos Gabriel com a dez, Jorginho é mais um a não agradar no setor de meio de campo do Athletico.
Vindo do Atlético-GO, com bom rendimento pela equipe no Brasileirão, o meia teve espaço em seus primeiros jogos sob comando de Eduardo Barros, técnico interino. Depois, sumiu do time.
Com a chegada de Paulo Autuori, ficou de lado e sequer vem sendo colocado no banco de reservas rubro-negro, fato que gerou reclamações fortes do representante do atleta.
Apesar de ter contrato até o fim de 2022, dificilmente Jorginho permanecerá no clube para o ano que vem.
Paraná
1 - Bruno Nunes
O atacante Bruno Nunes teve passagem "fantasma" pelo Paraná. Anunciado em outubro, o experiente jogador de 30 anos sequer chegou a atuar pelo Tricolor: símbolo da completa inaptidão do departamento de futebol paranista na temporada.
Em novembro, Nunes deixou o clube amigavelmente e acertou com o Brasiliense, que já acabou sendo eliminado da Série D. Ele termina o ano de 2020 sem marcar um gol sequer. Contratação inexplicável.
2 - Toninho
Lateral-direito, Toninho veio ao Tricolor em junho, após defender o Sertãozinho na segunda divisão do futebol paulista. Após atuar como titular na estreia da equipe na Série B, o jogador não teve mais espaço, ficando como opção no banco de reservas.
Só voltou a entrar em campo uma vez, quando Paulo Henrique, titular da posição, estava suspenso, na goleada sofrida contra o CSA. Ele falhou feio no quarto gol, além de ser inseguro durante o jogo e não voltou a ter oportunidades na equipe titular.
3 - Bruno Lopes
Bruno Lopes causou "polêmica" já na chegada. Contratado em outubro, o atacante, 34 anos, com passagem pelo futebol tailandês, havia acertado com o Santa Quitéria, time do futebol amador, antes de ser apreciado pela diretoria do Paraná como aposta para a Série B.
Por causa do cancelamento da competição amadora, devido à pandemia, Lopes não atuou e ficou perto de defender o Araucária, na segundona do Paranaense, antes de desembarcar na Vila.
Entrou em campo somente quatro vezes, sendo a última vez contra o Brasil-RS, e não balançou as redes nenhuma vez.