Dia do goleiro: Relembre dez grandes de Athletico, Coritiba e Paraná Clube

O Dia do Goleiro é celebrado no Brasil neste sábado (26). A data é em homenagem ao aniversário de Aílton Corrêa Arruda, conhecido como Manga, que é ídolo de diversos clubes brasileiros, entre eles o Coritiba. O ex-goleiro faleceu no dia 8 de março deste ano aos 87 anos.
De acordo com informações do Museu do Futebol, a celebração iniciou em 1975 por iniciativa de ex-professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro: Raul Carlesso e Reginaldo Pontes Bielinski.
Para comemorar a data, a reportagem do UmDois Esportes relembra 10 goleiros marcantes que jogaram no futebol paranaense. Quem foi o maior?
Confira os principais goleiros do futebol paranaense
Manga - Coritiba

Um dos grandes nomes da posição no futebol brasileiro, Manga teve uma curta, mas vitoriosa passagem pelo Coritiba. Foram apenas 22 jogos, mas o suficiente para colocar o goleiro como um dos maiores da história do Coxa.
Após três empates em 0 a 0 com o Athletico, o goleiro foi fundamental na vitória nos pênaltis por 4 a 1. Mais de 50 mil pessoas viram a conquista do Estadual no Couto Pereira.
"Manga foi decisivo na conquista do Campeonato Paranaense de 1978, diante do rival, em uma das finais mais emblemáticas da nossa história. Com sua experiência e liderança, levou o Coritiba à vitória em uma emocionante disputa de pênaltis", lembrou o Coxa.
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Rafael Cammarota - Athletico e Coritiba

Após uma passagem pelo Athletico, Rafael Cammarota acertou com maior rival e entrou para a história do Coritiba. O goleiro foi o titular na campanha do grande título da história do Coxa: o Campeonato Brasileiro de 1985.
"Foi uma transferência dura. Porque você sair do Athletico, como eu estava, para ir para o Coritiba, a parada era indigesta, principalmente por conta das torcidas. Mas eu fiz bem a eles e o que mudava era só a camisa. Por dentro da camisa, tinha um atleta. Acho que as palavras que eu profetizei quando cheguei, que eu disse 'eu vim para ser campeão brasileiro'. Deus me ouviu", contou Cammarota, em entrevista ao UmDois Esportes, em 2021.
Rafael Cammarota fez grandes defesas em toda a campanha do título do Coritiba, inclusive na final contra o Bangu. Por conta do ótimo ano, o goleiro foi eleito o melhor da posição e ganhou a Bola de Prata, da Revista Placar.
Caju - Athletico

Alfredo Gottardi, o Caju, jogou pelo Athletico entre 1933 e 1950. Segundo levantamento do jornalista Sandro Moser, no especial "Athletico 100 anos", o goleiro jogou mais de 600 partidas oficiais (o número deve ser maior, pois foi construído no período informal anterior ao profissionalismo).
Com a camisa do Athletico, Caju ganhou seis títulos de Campeonato Paranaense: 1934, 36, 40, 43, 45 e 49. A imprensa na época classificava o goleiro como “perfeito”, “espetacular”, “prodigioso” e “assombroso”.
Em homenagem ao ídolo, o Athletico batizou o nome de seu Centro Administrativo e Técnico de treinamento de Alfredo Gottardi. O local é conhecido popularmente como CAT do Caju.
Santos - Athletico

Santos chegou ao Athletico em 2008 para jogar nas categorias de base. O goleiro estreou no profissional do Rubro-Negro em 2011, mas virou titular apenas sete anos depois com a ida de Weverton para o Palmeiras.
Como dono da meta, Santos se tornou peça fundamental nos maiores títulos da história do Athletico. O goleiro ganhou as Sul-Americanas de 2018 e 2021, a Copa do Brasil de 2019, a J. League/Conmebol de 2019 e os Paranaenses de 2016, 2018 e 2021.
Em 2022, Santos aceitou uma proposta para jogar no Flamengo e foi titular na campanha do título da Libertadores, incluindo na final contra o próprio Athletico. O goleiro ainda passou pelo Fortaleza antes de voltar para o Furacão no início deste ano.
Flávio - Athletico e Paraná Clube

Revelado pelo CSA, Flávio desembarcou em Curitiba em 1995 para jogar a Série B pelo Athletico e foi campeão logo no primeiro ano. Após a saída de Ricardo Pinto, em 1998, o Pantera assumiu a titularidade absoluta do Rubro-Negro e entrou na história no clube.
Como titular, o goleiro conquistou quatro Campeonatos Paranaenses, uma Copa Paraná, a Seletiva para Libertadores e o histórico título da Série A do Brasileirão, em 2001. Com oito títulos, é o jogador com mais títulos do Rubro-Negro.
Flávio saiu do Athletico em 2003, jogou rapidamente no Vasco, mas voltou para o futebol paranaense para defender o rival Paraná Clube.
No Tricolor, também virou ídolo e foi o titular da conquista do Paranaense de 2006, último título da história paranista. No ano seguinte, jogou a única Libertadores da história paranista.
Jairo - Coritiba

Jairo está na história do Coritiba como jogador que mais vestiu a camisa do clube. Foram 410 partidaas de 1972 a 1976 e de 1983 a 1987.
Com a camisa do Coxa, o Pantera Negra, como era conhecido, ganhou seis títulos de Campeonato Paranaense, além do Torneio do Povo, em 1973, e do Campeonato Brasileiro, de 1985.
O goleiro também é ídolo do Corinthians, onde se tornou recordista de tempo sem levar gol - foram 1.132 minutos sem ser vazado durante os Brasileiros de 1977 e 1978.
Roberto Costa - Athletico

Contratado pelo Athletico em 1978, Roberto Costa teve uma passagem histórica pela Arena da Baixada e viveu os bons e os maus momentos. O começo foi em um momento complicado e quase foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Paranaense.
Depois de uma curta passagem pelo rival Coritiba, em 1981, o goleiro viveu uma era vitoriosa com a camisa atleticana. Roberto Costa foi campeão paranaense em 1982 e eleito o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro de 1983, quando o Rubro-Negro parou na semifinal.
Roberto Costa ganhou a Bola de Ouro da Revista Placar, como melhor jogador do Brasileirão. O feito era inédito para jogadores do Athletico e só foi repetido em 2001, quando Alex Mineiro também levou o prêmio.
Régis - Paraná Clube

Régis é considerado pelos torcedores como o maior goleiro da história do Paraná Clube. Depois de passagens pelo futebol carioca e por Portugal, o camisa 1 desembarcou na Vila Capanema em 1993 e fez parte do elenco que ganhou o pentacampeonato do Paranaense entre 93 e 97.
Após rápida passagem pelo rival Coritiba, Régis voltou ao Paraná Clube em 1999 e encerrou a carreira no ano seguinte na Inter de Limeira.
O ídolo vestiu a camisa paranista 317 vezes e é o quarto jogador com mais partidas pelo Tricolor. No período, ele ficou marcado pelo alto índice de pênaltis defendidos: 26 das 58 cobranças (49%).
Ricardo Pinto - Athletico

Revelado pelo Fluminense, Ricardo Pinto desembarcou no Athletico em 1995 para jogar a Série B. O goleiro fez parte do elenco campeão da segunda divisão e que iniciou a transformação que levou o Rubro-Negro até os títulos anos depois do Brasileirão, da Copa do Brasil e da Sul-Americana.
A passagem do ídolo pelo Athletico ficou marcada por uma brutal violência durante jogo contra o Fluminense, no Brasileirão de 1996. O goleiro foi agredido por torcedores do clube carioca, que invadiram o gramado das Laranjeiras, e ficou entre a vida e a morte.
Após pendurar as luvas, Ricardo Pinto foi preparador de goleiros do próprio Athletico na campanha do título inédito do Brasileirão de 2001. O profissional treinou Flávio Pantera, que era seu reserva em 1995.
Neneca - Londrina

Bônus: Neneca jogou no Londrina entre 1981 e 1984 e ganhou o título do Campeonato Paranaense de 1981, o segundo da história do clube. O goleiro ainda teve uma identificação muito grande com a cidade no norte do Paraná.
Por outros clubes, Neneca entrou na história do Guarani com o título do Campeonato Brasileiro de 1978, com vitória na final por 1 a 0 sobre o Palmeiras. O goleiro ainda ficou 1.636 minutos, mais de 18 jogos, sem levar gol com a camisa do Náutico.