Técnico defende início de trabalho, vê evolução e pede tempo no Coritiba
O técnico Antônio Carlos Zago fez apenas seu segundo jogo à frente do Coritiba, mas já viu uma evolução no time - opinião que corroborou com a emitida pelo presidente Glenn Stenger e grande parte da torcida.
O treinador ainda defendeu esse início de trabalho, pois ainda está conhecendo os atletas, e pediu tempo para que os resultados venham. O Coxa não vence há nove partidas, são cinco derrotas e quatro empates.
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O Coritiba só empatou com o São Paulo por 1 a 1 no Couto Pereira, mas foi mais organizado, seguro defensivamente e melhorou a movimentação ofensiva. Bruno Gomes marcou o gol coxa-branca e Alef Manga desperdiçou, pelo menos, quatro boas chances criadas.
"Já tivemos uma movimentação melhor, em termos de profundidade. Tivemos os jogadores incomodando a defesa adversária. Contra o Sport estávamos estáticos, esperando a bola. Hoje, não. Conseguimos jogar mais entrelinhas, para frente. Eu não gosto muito daquele toque e não progride. Eu sempre falo para os jogadores para jogarmos para frente. E fizemos bem mais dos que nos jogos passados", declarou Zago.
Com uma semana cheia para trabalhar, a expectativa da diretoria, comissão técnica e torcida é que o time possa evoluir ainda mais. O Coritiba volta a campo contra o Bahia às 16h de domingo (7), na Arena Fonte Nova, pela quarta rodada do Brasileirão. Apesar do ponto somado diante do Tricolor paulista, o time de Zago segue na vice-lanterna.
Veja mais pontos da entrevista do técnico Zago:
Melhora ofensiva e "saco cheio" do jejum
"Acredito que melhoramos. Não tivemos tanta profundidade no jogo passado como no jogo de hoje. Tivemos bem mais profundidade, tivemos uma saída mais rápida de trás, tivemos construção apesar do São Paulo ter tido mais posse de bola. Mas as melhores oportunidades foram do Coritiba, tivemos três oportunidades com o Manga, jovens jogadores que estão crescendo. Estamos trabalhando da melhor maneira possível e, a partir da semana que vem, vamos poder ajeitar melhor e buscar uma vitória que já está todo mundo de saco cheio de perder e empatar".
Confiança na reação
"O pessoal estava mais para cima. Houve uma entrega maior, houve uma maneira de jogar, o posicionamento nosso em campo. A nossa equipe não proporcionou muito ao São Paulo, praticamente só os chutes de média distância, eles não tiveram uma jogada que saíram na cara do Gabriel. Ficamos contentes. Houve uma cobrança muito grande. Um pessimismo muito grande por parte de todos, quase colocando o Coritiba rebaixado depois de duas partidas. E o futebol não é assim, temos que procurar sermos otimistas. É isso que procuro passar aos meus jogadores. Não é que vamos melhorar tudo em uma semana, mas eu acredito que a reação deles hoje, o ritmo deles hoje, estavam todos concentrados em tirar o Coritiba dessa situação delicada".
Entrega e paciência
"Não tem como dar oportunidades para 36 jogadores. Só se a gente jogasse alguns jogos a mais. Quanto aos gols perdidos, eu fico mais contente com as oportunidades criadas. Nas outras partidas, quase não criamos nada. Hoje tivemos três ou quatro oportunidades claras. A equipe está evoluindo. Na parte defensiva, estamos procurando melhorar. Também teve uma melhora de compactação, então é com o tempo e tranquilidade que vamos procurar melhor. O importante é que todos estão com vontade de treinar e sair desta situação".
Oportunidades para jogadores pouco usados e início de trabalho
"A intenção é ir avaliando os jogadores. Fazer com que eles se mantenham motivados para os próximos jogos. Ainda faltam 35 jogos, é um início de trabalho. Então, espero a compreensão por parte dos jogadores. E devagar vamos analisando quem tem melhores condições".