Talento ou intensidade? Executivo detalha DNA de futebol do Coxa na era Treecorp
Força física, intensidade e jogo coletivo acima das individualidades. É assim que o Coritiba deve atuar, idealmente, na era Treecorp.
O fundo de investimentos que no início de maio fechou acordo para comprar 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) coxa-branca aposta em uma diretriz de futebol competitivo como seu modelo de jogo, desde as categorias de base ao profissional.
"O futebol mundial tem dado provas de que está se transformando de maneira significativa. Que a intensidade física, a intensidade de jogo, que a coletividade, têm se sobressaído em detrimento ao talento exclusivamente", aponta Carlos Amodeo, CEO do Coxa, em entrevista ao UmDois Esportes.
"A gente pretende montar, de forma simplista, equipes que sejam muito fortes fisicamente, muito intensas em seu modelo de jogo, e que sejam muito agressivas no futebol", completa.
O perfil é justamente o buscado pelo clube na janela de transferências, privilegiando nomes que tenham alta competitividade e força física. Essas características, não por acaso, também são apreciadas pelo técnico Antônio Carlos Zago, que foi escolhido já pelos profissionais da SAF para substituir o português António Oliveira, no fim de abril.
Cultura vencedora
O "novo" DNA do Coxa, digamos assim, foi traçado em conjunto entre Amodeo e a Treecorp. CEO do Grêmio entre 2017 e 2022, ele acumulou experiências boas (10 títulos, incluindo uma Libertadores), e ruins, como o rebaixamento à Série B em 2021 no Tricolor.
O fundo, por outro lado, tem o histórico de alavancar e desenvolver empresas de médio porte.
"Com base nisso, construímos em conjunto o que a gente acredita o que é o melhor em termos de desenvolvimento do clube, com a aptidão da Treecorp e a experiência que trazemos de entender que mentalidade vencedora, excelência acima de tudo, coletividade em prol da individualidade, são pilares fundamentais no departamento de futebol", argumenta o executivo.
"Todo mundo, desde o roupeiro até o diretor, precisa ter a compreensão de que tudo aquilo que a gente faz é pensando em vencer, não se acostumando com a derrota. É pensando em fazer o melhor, não se acostumando com o mínimo e pensando no bem coletivo", fecha Amodeo.
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