“Somos o patinho feio”, diz presidente do Humaitá, adversário do Coritiba
A expectativa é grande em Porto Acre, município localizado a 61 km da capital Rio Branco, no Acre. Nesta quinta-feira (23), o Humaitá estreia na Copa do Brasil diante do Coritiba, no Estádio Florestão. É a segunda participação na competição nacional do "Tourão de Porto Acre", como o clube é conhecido. Melhor colocado no ranking, o Coxa tem a vantagem do empate no jogo único para avançar à próxima fase.
Fundado em 15 de março de 2003, o Humaitá nasceu no futebol amador e profissionalizou-se apenas em 2015 - no ano seguinte, foi campeão da segunda divisão. Depois de ser vice em 2021, a equipe conquistou o título acreano no ano passado, o seu primeiro título do futebol profissional. ao vencer o Galvez, por 2 a 0, na Arena da Floresta. O troféu garantiu calendário cheio em 2023: a vaga na Copa do Brasil, Série D do Campeonato Brasileiro e a Copa Verde.
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Diferente do Coxa, que disputou 10 jogos no Paranaense, o Humaitá vai entrar em campo pela segunda vez no ano. A equipe comandada pelo técnico Álvaro Miguéis vem de vitória na Copa Verde. No último sábado (18), venceu o Trem-AP por 2 a 0, em casa, e está classificado às oitavas de final.
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O apelido de "Tourão de Porto Acre" foi batizado após uma entrevista de Carlinhos Portela, então prefeito da cidade. No escudo do clube há referências à história do Acre, principalmente a Revolução Acreana, que ocorreu entre 1902 e 1903.
Folha salarial, elenco e expectativa
O Humaitá chega para a sua segunda participação na Copa do Brasil. No ano passado, estreou contra o Brasiliense, mas foi eliminado na primeira fase após um empate. Agora, a torcida é para que a história seja diferente, como espera o presidente Igor Cotta.
"A expectativa é grande, embora nós sabemos a dificuldade de enfrentar um adversário forte como é o Coritiba. Mas a nossa equipe está bem treinada, esperando muito por esse jogo. No ano passado batemos na trave, fizemos um jogo excelente, mas fomos punidos com uma expulsão e cedemos o empate. Esse ano a molecada está bem focada e esperamos que seja um grande jogo”, disse o carioca, que comprou o clube em 2021.
Cotta mantém o sonho da classificação vivo, mas reconhece as dificuldades de enfrentar um time de Série A.
“Nós não temos nada a nosso favor. O Coritiba é uma equipe de Série A, então tem um abismo grande, um clube com grande estrutura. Um jogador deles paga toda a nossa folha. E eles ainda têm a vantagem do empate. Então a única coisa que temos a favor é jogarmos em casa. Nós somos o patinho feio", diz o presidente.
Em seu oitavo ano de futebol profissional, o Humaitá tem uma folha salarial de R$ 100 mil.
“Trabalhamos com dificuldade, sem ajuda, pouco patrocínio e com recursos próprios. Temos como ideal estar entre os grandes do futebol brasileiro. Já demos o primeiro passo, com um título estadual inédito. Esse ano vamos tentar alcançar lugares maiores. A gente crê que quem trabalha sério Deus abençoa".
Pela participação na Copa do Brasil, o Humaitá já garantiu R$ 750 mil de premiação. Se eliminar o Coritiba, o clube fatura mais R$ 900 mil.
“Claro que o dinheiro é muito importante, afinal, futebol não se faz sem dinheiro, mas uma classificação representaria muito mais do que isso, seria um sonho para nós vencer um clube de Série A. Tudo pode acontecer, seria algo muito gratificante”, ressalta Cotta.