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SAF do Coritiba busca inspiração em modelo do “matador de gigantes” da América do Sul

Del Valle ficou conhecido como “matador de gigantes”.

Um dos clubes mais bem sucedidos do continente nos últimos anos, o Independiente del Valle, do Equador, é abertamente uma das referências para a SAF do Coritiba.

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Clube-empresa, El mata gigantes combina excelência em formação de atletas com ótimos resultados dentro de campo a partir de 2016. Nessa temporada, foi vice-campeão da Libertadores eliminando Boca Juniors e River Plate no mata-mata, feito até então inédito em uma mesma edição do torneio.

+ Confira a tabela do Coritiba no Brasileirão

A derrota na final para o colombiano Atlético Nacional, contudo, não travou o crescimento do projeto. Em 2019, o Del Valle faturou a Sul-Americana pela primeira vez, diante do Colón, da Argentina. Repetiu o feito no ano passado, contra o São Paulo.

Neste ano, bateu o Flamengo e garantiu o título da Recopa em pleno Maracanã. Localmente, venceu o Campeonato Equatoriano em 2021 e a Copa do Equador em 2022.

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Em entrevista ao UmDois Esportes, o CEO Carlos Amodeo ressalta que há várias diferenças entre Coxa e Del Valle, especialmente quanto ao tamanho do clube e da torcida, mas revela que o “Matador de Gigantes” é, sim, um exemplo para a nova fase do Alviverde.

“O Del Valle, é um modelo de evolução desportiva muito consistente, mas um mercado muito diferente do brasileiro. A gente não pode fazer comparações entre os clubes nem da pressão externa pelos resultados. Mas reconhecemos que é um projeto muito bem estruturado. Esse clube, de matador de gigantes, está se consolidando como uma referência desportiva nos últimos anos. Então, é uma referência positiva pra gente”, fala o executivo, que ressalta que o exemplo equatoriano é um dos modelos que o Coritiba usa como base para formar o seu próprio “case”.

Vendas milionárias após sucesso em campo

Fora de campo, o Independiente del Valle soma R$ 186 milhões com vendas de jogadores somente no recorte das últimas três temporadas. Foram 12 atletas negociados, média de R$ 15,5 milhões por transação.

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Os dois mais valorizados foram o volante Moisés Caicedo (R$ 26,2 milhões), comprado pelo Brighton, da Inglaterra, e o zagueiro Willian Pacho (R$ 29,2 milhões), titular do Royal Antwerp na conquista do Campeonato Belga de 2023.

Mas o sucesso nos negócios acontece prioritariamente após a consolidação dos talentos com a camisa azul e branca. Com um centro de treinamento de primeiro nível, além de escolinhas espalhadas por todo o país e uma grande rede de olheiros, o Club de Alto Rendimiento Especializado Independiente del Valle tem uma das melhores categorias de base América do Sul.

Caminho que o Coxa imagina seguir. Na venda da SAF, há obrigação de investimento de R$ 100 milhões para construção, em até quatro anos, do CT de Campina Grande do Sul.

De acordo com Amodeo, a reestruturação e fortalecimento dos conceitos de categoria de base ajudarão o Coxa a captar atletas cada vez mais cedo, seguindo a tendência do mercado.

A ordem, então, é “captar o atleta, formar, promover à equipe principal, ter protagonismo desportivo e depois vender.

“Não queremos vincular nosso projeto prioritariamente à venda de atletas. A venda é consequência do bom processo de captação, formação e promoção e do protagonismo. À medida que nós tenhamos protagonismo desportivo de forma coletiva, individualmente temos o sucesso também e aí as potencialidades de venda. A gente muda a prateleira dos atletas à medida que tem protagonismo desportivo”, conclui o dirigente.

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